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Jovens que iniciaram protestos no Egito pedem renúncia de Suleiman

Movimento que iniciou os protestos criticou o diálogo proposto pelo vice-presidente e pediu sua saída imediata

O "Movimento 6 de Abril" quera  saída de Omar Suleiman, vice-presidente do Egito (AFP)

O "Movimento 6 de Abril" quera saída de Omar Suleiman, vice-presidente do Egito (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 11h18.

Cairo - O "Movimento 6 de Abril", que convocou a primeira manifestação em massa contra o regime egípcio em 25 de janeiro, pediu nesta quinta-feira a renúncia do vice-presidente Omar Suleiman, enquanto milhares de pessoas continuam com os protestos em todo o país.

Em comunicado postado em seu site, o grupo rejeitou o plano proposto na terça-feira passada por Suleiman para introduzir reformas constitucionais e exigiu "o abandono imediato do poder".

Os jovens do "Movimento 6 de Abril" também condenaram o tratamento "inaceitável" dado aos manifestantes por parte dos serviços secretos.

"O estilo dos serviços secretos impresso por Omar Suleiman (ex-chefe dos serviços de inteligência) em seu tratamento com os manifestantes na praça de Tahrir é inaceitável", indicam na nota.

Nessa praça, epicentro dos protestos políticos contra o presidente Hosni Mubarak, seguem concentrados milhares de manifestantes que pedem a renúncia do líder.

Quanto ao diálogo, asseguraram que "não rendeu nenhum fruto" e que dele participam partidos "fabricados" e "personalidades das quais não se conhece nada" para falar em nome dos jovens manifestantes em "uma tentativa de enganar o povo egípcio".

Além disso, disseram que o diálogo é apenas uma maneira de manter no poder as mesmas pessoas do regime.

Por outro lado, o grupo assegurou que é "uma mentira que as Forças Armadas não permitam a saída" do presidente, já que, em sua opinião, "a maioria rejeita Mubarak e o alto comando do Exército".

Segundo a nota, esta rejeição foi notada na rua com "o apoio de vários membros do exercito na proteção dos manifestantes".

O "Movimento 6 de abril" também denunciou que o regime prendeu alguns ativistas egípcios, ao contrário das declarações de Suleiman, que há dois dias assegurou que não perseguiria os participantes dos protestos.

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