Mundo

Jovens estão inquietos com assuntos sociais, diz relatório

A mudança climática é a principal preocupação, seguida dos conflitos, pobreza, corrupção, segurança, falta de educação, de liberdade e de acesso à água e comida


	Jovens: o relatório mostra diferenças regionais em alguns temas
 (Scott Barbour/Getty Images)

Jovens: o relatório mostra diferenças regionais em alguns temas (Scott Barbour/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 11h42.

Genebra - Os jovens do mundo todo mantêm altos níveis de otimismo e esperança e compartilham um sentimento de identidade, ao mesmo tempo que acompanham com crescente preocupação a mudança climática e a corrupção de seus governos, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira.

O Relatório Anual Criadores de Tendências 2016 do Fórum Econômico Mundial (FEM), em sua segunda edição, recolhe que 70% dos 20 mil jovens de 180 países que participaram do estudo veem o mundo "cheio de oportunidades" e que a metade acredita que pode contribuir ativamente para mudar seus países.

Em entrevista coletiva, o diretor do departamento Criadores de Tendências, Adeyemi Babington-Ashaye, explicou que os participantes eram jovens de 18 a 35 anos de idade, de todos os níveis socioeconômicos e educativos.

Do resultado, surgiram várias mensagens-chave, segundo Babington-Ashaye: os jovens "compartilham um sentido de unidade e de identidade e abraçam a tecnologia com séria cautela".

A mudança climática é a principal preocupação para 45% deles, seguida dos conflitos, pobreza, corrupção, segurança e falta de educação, de liberdade e de acesso à água e comida.

A grande maioria dos jovens está convencida de que é preciso fazer grandes investimentos em Educação e que o sistema não está à altura de suas expectativas, embora neste ponto haja grandes diferenças de acordo com as regiões do mundo.

Segundo sua percepção de si mesmos, 36% se definem como cidadãos globais, 22% se definem por sua nacionalidade e 9% pela religião.

Na América Latina, 43% se definiram como cidadãos do mundo, 17% por sua nacionalidade, 14% pela região, 7% pela religião e 6% pelas crenças filosóficas.

O relatório mostra diferenças regionais em alguns temas, especialmente nos sociais, e também põe ênfase em tabus como o casamento entre pessoas do mesmo sexo: só 3 mil participantes responderam a pergunta sobre se eram a favor das bodas homossexuais.

A metade dos indagados disse se sentir "tranquila" com uma mulher sendo líder política ou empresarial, mas a mesma porcentagem respondeu se sentir "incomodada".

A grande maioria disse que confia e percebe o potencial das novas tecnologias, embora esteja preocupada pelas intrusões à vida privada. 

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEducaçãoEscândalosFraudesJovensPobreza

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia