São Paulo - O vice-presidente da República, José Alencar, se encontra em estado crítico de saúde, internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após passar por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor, e agora está com "hemorragia digestiva grave".

Alencar, de 79 anos, passou por uma cirurgia de três horas, mas, tal como explicou em entrevista coletiva o cirurgião Raul Cutait, os médicos não conseguiram estancar a hemorragia. "O objetivo não foi atingido, a hemorragia continuou e ela pode eventualmente parar ou não", declarou.

Embora estável, Alencar permanece hospitalizado em estado crítico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês.

Cutait explicou que a hemorragia começou na madrugada desta quarta-feira, por motivos desconhecidos, mas acredita-se que está diretamente relacionada ao câncer que Alencar sofre há anos.

"Estamos tentando administrar. Não quer dizer que a situação esteja fora do controle, mas é o momento mais difícil que o paciente está enfrentando", afirmou Cutait.

Os médicos vão tentar conter a hemorragia com remédios e vão continuar aplicando transfusões de sangue, tal como fazem desde esta tarde, quando foi internado no hospital.

"O vice-presidente da República, José Alencar, foi submetido a uma cirurgia de urgência para tratar uma hemorragia digestiva grave atribuída a tumor sangrante no intestino delgado. Através de uma laparotomia exploradora, tentou-se chegar ao local do sangramento", explica um comunicado emitido à imprensa pelo Hospital.

"Contudo, devido a intensas aderências entre as alças intestinais e a parede abdominal não foi possível abordar o tumor, conforme proposto. O paciente encontra-se em estado crítico, porém estável, e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)", acrescenta anota.

Alencar foi hospitalizado nesta quarta-feira apenas cinco dias depois de ter recebido alta, após passar 25 dias internado. Esta foi a 17ª cirurgia.

No mês passado, o vice-presidente foi submetido a uma operação cirúrgica para corrigir uma obstrução intestinal derivada do câncer diagnosticado há 13 anos. EFE