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Jornalistas são condenados por manchete contra Erdogan

A justiça considerou uma "ofensa ao presidente" e condenou cada um dos jornalistas a 11 meses e 20 dias de prisão

Liberdade de imprensa: o cumprimento da pena foi suspenso e os jornalistas passarão a pena em liberdade provisória (Osman Orsal / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 13h14.

Istambul - Um tribunal de Istambul condenou nesta quinta-feira três jornalistas do jornal turco "BirGün" a quase um ano de prisão por publicar em fevereiro uma manchete que chamava o presidente, Recep Tayyip Erdogan, de "assassino e ladrão".

A justiça considerou uma "ofensa ao presidente" e condenou a 11 meses e 20 dias de prisão cada um dos três jornalistas, Baris Ince, Berkant Gültekin e Cansever Ugur.

Mas o cumprimento da pena foi suspenso e os jornalistas passarão a pena em liberdade provisória, informou o jornal "Hürriyet"

No julgamento, que foi acompanhado por vários jornalistas críticos ao governo turco e por deputados da oposição, os acusados defenderam a decisão de publicar a manchete, que consideram uma crítica contra a política do presidente e não uma ofensa pessoal.

A frase "Erdogan, assassino e ladrão" é ouvida com bastante frequência nas manifestações da esquerda nos últimos dois anos, em referência às vítimas mortas nos protestos de Gezi em 2013 e às acusações de corrupção estatal em grande escala.

A promotoria tinha pedido penas de entre um e quatro anos no julgamento, no qual a acusação foi exercida pelo advogado do próprio Erdogan.

Nos últimos anos, os tribunais turcos condenaram dezenas de jornalistas e cidadãos por ofensas ao presidente, às vezes simplesmente por terem compartilhado nas redes sociais frases ou poemas satíricos que nem sequer mencionam Erdogan.

Um dos casos mais curiosos, que ainda não terminou de ser julgado, é o de um médico acusado por divulgar uma fotomontagem de Erdogan com Gollum, personagem de "O Senhor dos anéis".

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Mas o cumprimento da pena foi suspenso e os jornalistas passarão a pena em liberdade provisória, informou o jornal "Hürriyet"

No julgamento, que foi acompanhado por vários jornalistas críticos ao governo turco e por deputados da oposição, os acusados defenderam a decisão de publicar a manchete, que consideram uma crítica contra a política do presidente e não uma ofensa pessoal.

A frase "Erdogan, assassino e ladrão" é ouvida com bastante frequência nas manifestações da esquerda nos últimos dois anos, em referência às vítimas mortas nos protestos de Gezi em 2013 e às acusações de corrupção estatal em grande escala.

A promotoria tinha pedido penas de entre um e quatro anos no julgamento, no qual a acusação foi exercida pelo advogado do próprio Erdogan.

Nos últimos anos, os tribunais turcos condenaram dezenas de jornalistas e cidadãos por ofensas ao presidente, às vezes simplesmente por terem compartilhado nas redes sociais frases ou poemas satíricos que nem sequer mencionam Erdogan.

Um dos casos mais curiosos, que ainda não terminou de ser julgado, é o de um médico acusado por divulgar uma fotomontagem de Erdogan com Gollum, personagem de "O Senhor dos anéis".

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