Microfone com logo da Al Jazeera: Mohamed Fadel Fahmy pediu nesta quinta sua libertação, durante audiência judicial que examinou reportagens supostamente manipuladas para ajudar a Irmandade Muçulmana (Sean Gallup/GETTY IMAGES)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 20h07.
O diretor egípcio-canadense do escritório da rede de TV Al-Jazeera no Cairo, Mohamed Fadel Fahmy, pediu nesta quinta-feira sua libertação, durante uma audiência judicial que examinou reportagens supostamente manipuladas para ajudar a Irmandade Muçulmana.
Este foi o quinto testemunho de Mohamed Fadel Fahmy no tribunal encarregado de um processo que tem provocado comoção na comunidade internacional e envolve a liberdade de expressão no Egito, país envolvido em uma espiral de violência desde a queda do presidente Mohamed Mursi, em julho passado.
Além de Fadel Fahmy, compareceram ao tribunal o australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohamed, também da Al-Jazeera. Os três estão detidos há 100 dias.
A Anistia Internacional acusa as autoridades do Egito de utilizar os três jornalistas para se "vingar" da rede de TV do Catar.
Outro jornalista da Al-Jazeera, Abdala Elshamy, está detido há oito meses, e a família pede sua libertação imediata devido ao precário estado de saúde do profissional, em greve de fome.
Os três jornalistas ouvidos nesta quinta-feira cobriam a violência que se seguiu à derrubada de Mursi pelo Exército para o canal de TV em inglês, enquanto Elshamy trabalhava para o canal em árabe da rede do Catar.
Durante a última audiência, no dia 31 de março passado, o tribunal negou a liberdade sob fiança aos três jornalistas. A próxima audiência está marcada para 22 de abril.