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Jornalista sequestrado na Síria regressa aos EUA

"Estou muito comovido e emocionado, além de qualquer palavra, pelas pessoas que estão a minha volta hoje", disse Curtis após 22 meses de cativeiro

O jornalista Peter Theo Curtis reencontra a mãe, Nancy Curtis, no Aeroporto Internacional de Boston (AFP)

O jornalista Peter Theo Curtis reencontra a mãe, Nancy Curtis, no Aeroporto Internacional de Boston (AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 08h19.

Washington - O jornalista Peter Theo Curtis voltou nesta terça-feira aos Estados Unidos, dois dias após ser libertado de seu cativeiro de 22 meses por um grupo rebelde islâmico na Síria.

Curtis, de 45 anos, reencontrou a mãe, Nancy Curtis, no Aeroporto Internacional Logan de Boston, após um voo de Tel Aviv para Newark, Nova Jersey.

"Estou muito comovido e emocionado, além de qualquer palavra, pelas pessoas que estão a minha volta hoje - desconhecidos no avião, o pessoal de bordo e, especialmente, toda a minha família- para me dar as boas vindas", disse Curtis após chegar a Boston.

"Estou profundamente em dívida com os funcionários americanos que trabalharam no meu caso. Quero agradecer especialmente ao governo do Catar por interceder a meu favor".

Peter Theo Curtis foi libertado na Síria no domingo, com a mediação do governo do Catar junto à Frente Al-Nusra, braço sírio da rede Al-Qaeda.

A família de Curtis afirmou que o governo do Catar informou que não obteve a libertação do jornalista com um pagamento, em meio ao debate sobre a política dos Estados Unidos de não pagar resgates a grupos extremistas.

Pesquisador, escritor e jornalista freelance, Curtis foi entregue aos capacetes azuis da ONU nas Colinas de Golã, no domingo à noite.

A libertação aconteceu menos de uma semana depois da divulgação do vídeo com a execução de outro jornalista americano, James Foley, sequestrado pelo Estado Islâmico (EI), um grupo diferente do que manteve Curtis em cativeiro.

O sequestro de Curtis foi mantido em segredo pelas autoridades americanas.

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