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Jornal diz que premiê da Nova Zelândia foi ameaçada de morte

Uma semana após ataque em Christchurch, Jacinda Adern recebe mensagem por rede social que dizia que ela seria a "próxima"

Jacinda Ardern, premiê da Nova Zelândia (Edgar Su/Reuters)

Jacinda Ardern, premiê da Nova Zelândia (Edgar Su/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de março de 2019 às 06h06.

Sydney — A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, recebeu uma ameaça de morte a partir de uma conta nas redes sociais que aparentemente possui mensagens supremacistas e após o ataque contra duas mesquitas do país.

Um porta-voz da Polícia da Nova Zelândia afirmou à Agência EFE que "tem conhecimento de um comentário feito no Twitter e está fazendo as investigações", sem fornecer mais detalhes.

De acordo com o jornal "New Zealand Herald", a mensagem no Twitter, que ficou nas redes por cerca de 48 horas até a conta ser suspensa na tarde de sexta-feira, 22, foi enviada ao perfil da premiê e continha uma foto de uma arma junto com a frase: "você é a próxima".

Os usuários da plataforma relataram a ameaça contra Ardern e até alegaram ter armazenado evidências da mensagem e solicitaram a prisão do emissor do tuíte.

O "Herald" indicou que a conta desde onde foi realizada a mensagem tinha outras supremacistas e de ódio, embora a identidade de seu proprietário não tenha sido revelado.

Esta ameaça de morte acontece uma semana depois do ataque a duas mesquitas em Christchurch, no qual 50 pessoas foram supostamente mortas pelo australiano Brenton Tarrant, um supremacista branco de 28 anos que disparou contra muçulmanos que estavam orando em seus templos.

O ataque foi retransmitido através do Facebook durante 17 minutos pelo agressor, que além disso publicou um manifesto nas redes sociais para que plataformas como Twitter, YouTube e outras fossem criticadas por seu papel na divulgação.

Após o massacre, Ardern se apresentou para descrever o ataque como "terrorista" e condená-lo com o lema "somos um, eles somos nós" e mostrar seu apoio à comunidade muçulmana em todos os momentos, assim como anunciou uma reforma da lei de armas para evitar que esses atos aconteçam novamente.

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