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Jornais europeus manifestam apoio à reeleição de Obama

O apoio dessas publicações ao democrata se baseou mais no que ele evitou - uma depressão econômica nos Estados Unidos - do que no que ele realizou

Barack Obama disse que o comercial de Romney levou trabalhadores a ligarem perguntando se seus empregos estavam seguros (REUTERS/Jason Reed)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 16h00.

 Londres - O presidente dos Estados Unidos, <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/barack-obama" target="_blank">Barack Obama</a></strong>, recebeu nesta segunda-feira o pouco retumbante apoio de jornais europeus, os quais concluíram que ele conseguiu fazer o estritamente necessário para merecer a reeleição diante de um desafiador republicano propenso a oscilações.</p> 

O apoio dessas publicações ao democrata se baseou mais no que ele evitou --uma depressão econômica nos Estados Unidos-- do que no que ele realizou.

O Financial Times, de Londres, considerou que a campanha de Obama à reeleição foi pouco inspirada, em contraste com o triunfo de 2008, quando ele se tornou o primeiro presidente negro na história dos Estados Unidos.

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"Numa campanha avessa a riscos, dominada por consultores políticos, ambos os homens demonstraram pobreza de ambição", disse o jornal conservador.

O também londrino The Times afirmou que Obama fez uma campanha cansada, e que foi difícil notar qualquer apetite dele por um segundo mandato, ao passo que Romney se provou um candidato capaz e confiável.


"O presidente Obama perdeu a campanha, e seu desempenho tem muitos buracos. Mas ele fez o estritamente necessário para ganhar um segundo mandato", disse o Times.

Outro jornal britânico, o Guardian, não escondeu sua decepção com o presidente, quatro anos depois de sua eleição marcar "um momento americano quase redentor, de cair o queixo".

"O desempenho certamente não é perfeito, mas ele foi tão bem quanto qualquer um poderia esperar de forma razoável", disse editorial do jornal esquerdista.

Na França, o Le Monde também ofereceu elogios comedidos, qualificando o presidente como "nem sempre brilhante, mas sólido".

O El País, da Espanha, manifestou apoio aos ideais de Obama e à direção definida por ele. Num país onde a crise da zona do euro resultou em duras medidas de austeridade, as propostas de corte de gastos públicos feitas por Romney não agradaram ao jornal centro-esquerdista.

Na Alemanha, maior potência econômica europeia, houve uma avaliação crítica sobre a situação nos Estados Unidos. O semanário Der Spiegel saiu com uma capa na qual o Tio Sam é visto com um termômetro na boca, com o título "O Paciente Americano".

O jornal econômico conservador Handelsblatt disse que, qualquer que seja o vencedor da eleição na terça-feira, ele terá de agir para controlar o déficit e a dívida. "Faça uma dieta, América", recomendou o jornal.

Uma pesquisa feita na semana passada no norte da Europa mostrou mais de 90 por cento de apoio à reeleição de Obama, num continente que se coloca geralmente mais à esquerda do que os Estados Unidos no espectro político.

Romney, bem menos conhecido na Europa, é visto por muitos como direitista demais. Mas ele conseguiu o cauteloso apoio do jornal suíço Neue Zuercher Zeitung, que o considera mais gabaritado do que Obama para promover reformas.

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