Amã, capital da Jordânia: até agora, a Jordânia mantinha as fronteiras com a Síria fechadas para evitar a entrada de mais refugiados e terroristas no território. (Adam Pretty/Getty Images)
EFE
Publicado em 14 de outubro de 2018 às 15h45.
Amã - O governo da Jordânia reabrirá na segunda-feira a fronteira de Jaber-Nasib com a Síria, que está fechada há três anos, desde que grupos rebeldes tomaram o controle da passagem no território sírio.
A porta-voz do governo jordaniano, Yumana Gunaimat, informou que os comitês técnicos conjuntos de Jordânia e Síria "concluíram e aprovaram os trâmites definitivos necessários" para reabrirem a passagem.
Gunaimat confirmou que a fronteira entre "os dois países irmãos é uma artéria vital para o movimento comercial entre a Jordânia e a Síria, e para os demais países" da região.
O governo sírio também confirmou a reabertura da passagem Nasib-Jaber, segundo anunciou neste domingo a agência pública de notícias, "Sana".
O ministro de Interior da Síria, Mohammed al Shaar, garantiu que o país decidiu com a parte jordaniana reabrir a fronteira a partir do dia 15 de outubro.
Shaar acrescentou que a comissão técnica sírio-jordaniana se reuniu neste domingo na fronteira e definiu os trâmites relacionados à reabertura do cruzamento entre ambos países.
Essa passagem, que liga a cidade síria de Nasib com a jordaniana de Jaber, é a principal conexão comercial entre ambos os países e se conecta com a estrada internacional que atravessa a Síria de norte a sul, passando por Damasco.
Antes do conflito armado, Jaber-Nasib era uma das rotas terrestres mais importantes no Oriente Médio, a principal passagem das exportações sírias à Jordânia, ao Líbano e aos países do Golfo.
As forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, recuperaram o controle dessa passagem e de toda a província de Deraa em julho deste ano, após forçar os rebeldes a se retirarem para a região de Idlib, no norte do país.
Até agora, a Jordânia mantinha as fronteiras com a Síria fechadas para evitar a entrada de mais refugiados e terroristas no território. EFE