Sírios observam destroços de avião jordaniano na região de Raqa (AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 07h43.
Amã - O exército jordaniano negou nesta sexta-feira que o avião de sua Força Aérea que caiu na Síria, cujo piloto foi capturado pelo grupo Estado Islâmico (EI), tenha sido derrubado pelos jihadistas.
"Os primeiros indícios mostram que a queda de um avião militar jordaniano perto da localidade síria de Raqa não foi provocada pelos disparos do Daesh (acrônimo do EI em árabe)", afirma o o comando central das Forças Armadas jordanianas em um comunicado.
Segundo as autoridades jordanianas, como não se tem acesso aos destroços do avião e na ausência do piloto, "não é possível determinar as causas exatas da queda".
Os jihadistas afirmaram na quarta-feira que derrubaram o F-16 jordaniano, mas o Centcom (comando americano para a região) afirmou que os elementos indicavam "claramente que o EI não derrubou o avião".
De acordo com o grupo jihadistas, seus combatentes utilizaram um míssil equipado com um sensor infravermelho, que permite detectar focos de calor, para derrubar o avião pilotado por Yusef al-Kasasbeh, de 26 anos, que foi capturado.
Este é o primeiro avião da coalizão contra o EI que cai em terra desde o início da ofensiva contra o grupo jihadista na Síria e no Iraque, em setembro e agosto, respectivamente.
Os aviões de combate da coalizão executam bombardeios constantes perto de Raqa, que se transformou em um fortaleza do EI, que proclamou um califado e assumiu o controle de muitas áreas na Síria e Iraque.