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Joe Biden mantém favoritismo para 2020 após terceiro debate democrata

Além do bom desempenho nos debates, o ex-vice-presidente Joe Biden continua liderando as pesquisas de intenções de voto

Eleições americanas: Biden tem 22% das intenções de voto, enquanto Sanders tem 16% e Warren ficou com 11%. (Mike Blake/Reuters)

Eleições americanas: Biden tem 22% das intenções de voto, enquanto Sanders tem 16% e Warren ficou com 11%. (Mike Blake/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 15h31.

Washington — Aqueles que acreditavam que a pré-candidatura presidencial de Joe Biden se apagaria a qualquer momento terão que continuar esperando.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos sobreviveu a mais um debate democrata na quinta-feira quase ileso, fazendo aqueles que correm por fora na disputa pela indicação do partido para as eleições de 2020 se perguntarem se seu tempo para ganhar terreno diante do favorito está acabando.

O terceiro debate democrata foi notável, no mínimo, por quão poucos dos outros nove concorrentes bateram forte em Biden, em um contraste acentuado com debates anteriores nos quais seu histórico foi questionado mais diretamente.

A noite terminou com a corrida essencialmente como estava antes do debate, e Biden obteve uma vantagem considerável, embora não contundente, sobre os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren.

Nenhum dos outros 17 pré-candidatos presidenciais democratas que pleiteiam a chance de enfrentar o presidente republicano, Donald Trump, na eleição de novembro de 2020 tem mais de 4% de apoio, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos mais recente, divulgada na quarta-feira. Biden lidera as intenções de voto com 22%, enquanto Sanders tem 16% de apoio e Warren ficou com 11%.

Apesar da vantagem, Biden pareceu mais vulnerável do que nunca ao chegar para o debate, enfrentando questionamentos persistentes sobre sua idade, seus deslizes verbais e seu desempenho ao longo da campanha.

Mas, na quinta-feira, sua resistência e sua defesa vigorosa de seu histórico como senador e número dois do ex-presidente Barack Obama deixaram sem resposta a pergunta sobre qual outro postulante pode alterar o rumo da corrida.

"A maioria teve uma noite decente, mas os favoritos ainda são os favoritos", disse Leah Daughtry, estrategista democrata da Carolina do Sul, Estados crucial que será dos primeiros que votarão nas primárias do ano que vem.

Essa foi a primeira vez em que Warren dividiu o palco de um debate com Biden, e o confronto do democrata centrista da velha guarda e a aguerrida senadora progressista do Massachusetts era muito aguardado.

Mas não se viu muita troca de farpas, já que Warren manteve seu hábito de não criticar outros democratas.

Mais importante para Biden, de 76 anos, foi que, com exceção de algumas frases infelizes, ele deu pouca munição para aqueles que argumentam que ele é muito velho ou muito alienado para ser o indicado do partido.

Ao invés disso, a maioria dos pré-candidatos enfatizou a união partidária e explicitou a preocupação de não aparentar discórdia diante do povo norte-americano -- uma mudança em relação a debates anteriores, nos quais o conflito interno deu o tom.

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