Japoneses despertam com alerta de míssil sobre seu território
Sirenes tocaram em todas as localidades situadas na trajetória do míssil balístico, que sobrevoou o território japonês durante dois minutos
AFP
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 08h56.
Última atualização em 29 de agosto de 2017 às 09h06.
Milhões de japoneses acordaram nesta terça-feira com a alarmante mensagem do governo para que procurassem abrigo, diante de um míssil norte-coreano que sobrevoava o arquipélago.
As sirenes tocaram em todas as localidades situadas na trajetória do míssil balístico, que sobrevoou o território japonês durante dois minutos antes de cair no mar.
Minutos antes, o governo enviou uma mensagem de texto para os smartphones advertindo sobre o lançamento: "míssil em curso, míssil em curso".
O alerta orientou a população a buscar abrigo e a se afastar de objetos suspeitos, cuja presença deveria ser comunicada imediatamente à polícia.
Nos transportes públicos da ilha de Hokkaido, na parte norte do arquipélago, os telões informaram os passageiros sobre o tiro de míssil e o tráfego esteve brevemente interrompido.
"Todas as linhas apresentam perturbações. O motivo: um tiro de míssil balístico", advertiam os telões em Sapporo, principal cidade da ilha de Hokkaido.
"Em duas de nossas estações do metrô os passageiros chegaram a se proteger", contou um porta-voz.
No porto de Erimo, situado na área da trajetória, o alarme causou surpresa: "não acreditei que passaria por nossa zona, isto nunca aconteceu antes", contou à AFP Hiroyuki Iwafune, representante da cooperativa local de pescadores.
"Fiquei preocupado. Todos sentiram a mesma coisa, mas o que se pode fazer? Se esconder aonde"?!
Julia Kotake, estudante da Universidade de Tóquio, se disse assustada com a possibilidade de um míssil atingir o Japão.
Em Tóquio, que está 700 km ao sul da trajetória do míssil, o tráfego ferroviário também foi parcialmente interrompido.
"Atualmente, um míssil norte-coreano está voando sobre o Japão", anunciaram os alto-falantes. "Por favor, procurem abrigo nas plataformas de espera ou dentro dos trens".
Na base militar americana em Tóquio, o Japão acionou o sistema antiaéreo Patriot 3 (PAC-3), como parte do protocolo de defesa.
"Praticar este tipo de exercício nos permite manter nosso sistema de resposta em caso de ameaça de míssil balístico e fortalecer nossa força de persuasão, não apenas do nosso país, mas também da aliança Estados Unidos-Japão", declarou Hiroaki Maehara, comandante da Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF).