Funcionários trabalham em tanques de água da usina nuclear de Fukushima, no Japão: novas medidas exigem série de melhorias, como maiores ações de prevenção contra catástrofes naturais (REUTERS/Noboru Hashimoto/)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2013 às 09h29.
Tóquio - A Autoridade Reguladora Nuclear do Japão validou nesta segunda-feira os novos requerimentos de segurança necessários para que as operadoras possam solicitar a reabertura das usinas nucleares, paradas quase em sua totalidade desde o acidente de Fukushima.
As medidas determinadas pelo máximo organismo nuclear japonês exigem uma dúzia de novas melhorias, entre elas nos sistemas de ventilação, a fim de reduzir a emissão de substâncias radioativas em caso de emergência, assim como maiores medidas de prevenção perante catástrofes naturais como terremotos ou tsunamis.
Após validar os novos requisitos, a partir de hoje aquelas operadoras que considerarem que suas usinas nucleares cumprem com os padrões poderão solicitar à Autoridade Reguladora (NRA, na sigla em inglês) a revisão de suas unidades.
Neste sentido, segundo a agência "Kyodo", espera-se que de maneira iminente quatro grandes unidades do país solicitem controles para pelo menos dez reatores atômicos, em processo que se estima durará cerca de seis meses.
Para isso, a NRA conta com três equipes formadas por 80 especialistas que se dedicarão a responder às solicitações e a realizar os processos de revisão das unidades.
Desde que o tsunami de 2011 provocou na central de Fukushima Daiichi o pior acidente nuclear desde Chernobyl em 1986, o Japão mantém suspensa a atividade em 48 dos 50 reatores com os quais contava antes da crise atômica.
Uma vez que a autoridade nuclear valide a segurança das usinas nucleares, as operadoras deverão solicitar o consentimento para sua reabertura às administrações locais que abrigam as unidades, em processo que se prevê complicado.
Neste sentido, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, já anunciou que o Governo realizará "os maiores esforços" para garantir a segurança e conseguir o consentimento dos Governos locais, algo que apesar de não ser um requisito imprescindível se transformou em uma espécie de obrigação moral no país.