Japão ordena revisão de todos os seus reatores nucleares
Governo quer garantir que falhas registradas em Fukushima não se repitam
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2011 às 10h14.
São Paulo - O governo japonês ordenou nesta quarta-feira avaliações imediatas de todos os reatores nucleares do país para garantir que não serão registrados os mesmos problemas que os da central de Fukushima, gravemente afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. As operadoras das usinas são acusadas de não manter condições de segurança ideais.
Uma carta foi enviada pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, aos principais executivos das nove empresas regionais de energia do Japão, assim como a outras duas empresas que administram centrais nucleares. O Japão tem mais de 50 reatores, todos à beira do mar, em um arquipélago ameaçado por tremores diários.
A central Fukushima 1, na região nordeste do país, enfrenta uma situação grave. O fornecimento de energia foi cortado após o terremoto e maremoto, os reatores foram afetados e os sistemas de resfriamento deixaram de funcionar, o que provocou o aquecimento do combustível, explosões e vazamentos radioativos.
Também nesta quarta, a Agência de Segurança Nuclear do Japão informou que o nível de iodo radioativo em águas do mar próximo à usina nuclear de Fukushima supera 3.355 vezes o limite de segurança. Não há, porém, risco imediato às pessoas, já que a área ao redor da usina foi evacuada e o iodo 131 se diluirá no oceano.
'Total apoio' - Em conversa telefônica nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ao primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, conceder assistência a longo prazo para que o país supere a crise nuclear e as consequências do terremoto. Eles também discutiram a situação da central nuclear de Fukushima.
Na usina, quatro dos seis reatores ainda não estão controlados e podem seguir liberando material radioativo. Segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores japonês citadas pela agência local Kyodo, Kan agradeceu aos EUA pelo "total apoio" desde os primeiros momentos da tragédia ocorrida há pouco menos de três semanas.
A conversa telefônica desta quarta, que durou 25 minutos, é a terceira entre Kan e Obama desde o terremoto de 9 graus. Os EUA enviaram ajuda material e equipes de especialistas ao Japão. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, deve chegar ao Japão na quinta-feira. Ele será o primeiro chefe de estado estrangeiro a visitar o país asiático após o desastre.
(Com agências France-Presse e EFE)
São Paulo - O governo japonês ordenou nesta quarta-feira avaliações imediatas de todos os reatores nucleares do país para garantir que não serão registrados os mesmos problemas que os da central de Fukushima, gravemente afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. As operadoras das usinas são acusadas de não manter condições de segurança ideais.
Uma carta foi enviada pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, aos principais executivos das nove empresas regionais de energia do Japão, assim como a outras duas empresas que administram centrais nucleares. O Japão tem mais de 50 reatores, todos à beira do mar, em um arquipélago ameaçado por tremores diários.
A central Fukushima 1, na região nordeste do país, enfrenta uma situação grave. O fornecimento de energia foi cortado após o terremoto e maremoto, os reatores foram afetados e os sistemas de resfriamento deixaram de funcionar, o que provocou o aquecimento do combustível, explosões e vazamentos radioativos.
Também nesta quarta, a Agência de Segurança Nuclear do Japão informou que o nível de iodo radioativo em águas do mar próximo à usina nuclear de Fukushima supera 3.355 vezes o limite de segurança. Não há, porém, risco imediato às pessoas, já que a área ao redor da usina foi evacuada e o iodo 131 se diluirá no oceano.
'Total apoio' - Em conversa telefônica nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ao primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, conceder assistência a longo prazo para que o país supere a crise nuclear e as consequências do terremoto. Eles também discutiram a situação da central nuclear de Fukushima.
Na usina, quatro dos seis reatores ainda não estão controlados e podem seguir liberando material radioativo. Segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores japonês citadas pela agência local Kyodo, Kan agradeceu aos EUA pelo "total apoio" desde os primeiros momentos da tragédia ocorrida há pouco menos de três semanas.
A conversa telefônica desta quarta, que durou 25 minutos, é a terceira entre Kan e Obama desde o terremoto de 9 graus. Os EUA enviaram ajuda material e equipes de especialistas ao Japão. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, deve chegar ao Japão na quinta-feira. Ele será o primeiro chefe de estado estrangeiro a visitar o país asiático após o desastre.
(Com agências France-Presse e EFE)