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Da Redação
Publicado em 14 de março de 2011 às 06h49.
Viena - O Japão informou nesta segunda-feira à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das consequências técnicas geradas pela segunda explosão de hidrogênio na usina nuclear de Fukushima Daiichi.
A explosão não danificou o conteiner primário de contenção do reator, segundo a Agência de Segurança Nuclear e Industrial japonesa (Nisa).
As medições de dose de radiação tomadas durante 16 horas no domingo em quatro lugares ao redor da unidade "foram todas normais", afirmou a AIEA de acordo com a informação dada por Tóquio.
Tratou-se de uma explosão de hidrogênio que aconteceu às 11h01 (hora local, 23h01 de sábado em Brasília) no reator número 3, dos seis que tem essa central no litoral oriental japonês, a cerca de 240 quilômetros ao nordeste de Tóquio.
A estrutura que contém o reator "está intacta", segundo o relatório do Japão, o que descartaria teoricamente uma fusão do núcleo do reator.
A unidade foi danificada pelo devastador terremoto e posterior tsunami de sexta-feira passada no litoral oriental japonês e a explosão de hidrogênio, similar à de hoje, destruiu o telhado e as paredes do prédio exterior do reator número 1.
Baseado nos dados das autoridades japonesas, a AIEA confirmou que os reatores 1, 2, 3 e 4 na usina nuclear de Fukushima Daini foram desligados automaticamente no dia 11 de março, o mesmo dia do tremor.
Acrescentou que todos os reatores têm provisão exterior de eletricidade e que os níveis de água de refrigeração em todos eles são estáveis, e embora tenham sido feitos preparativos, não se abriu a ventilação ao exterior de nenhuma unidade para controlar a pressão.
Por outro lado, as medições de radiatividade no entorno da usina de Onagawa, na cidade de Ibaraki, cerca de 120 quilômetros ao nordeste de Tóquio, recuperaram níveis normais, depois que no domingo se declarou o estado de emergência por terem superado o nível permitido de radiação.