Japão diz que objetos aéreos anteriores podem ser balões espiões chineses
A imprensa japonesa informou nesta quarta-feira que o governo examina a possibilidade de flexibilizar as regras para derrubar objetos que violam o espaço aéreo do país
Agência de notícias
Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 07h27.
Uma nova análise de objetos voadores não identificados que sobrevoaram o espaço aéreo japonês nos últimos anos sugere "fortemente" que eram balões espiões chineses, de acordo com o Ministério da Defesa de Tóquio.
"Após uma análise mais aprofundada de objetos voadores em forma de balão identificados anteriormente no espaço aéreo japonês, incluindo os de novembro de 2019, junho de 2020 e setembro de 2021, concluímos que eles são fortemente presumidos como balões de reconhecimento não tripulados pilotados pela China", informou um comunicado do Ministério da Defesa do Japão.
O órgão acrescentou que "exigiu veementemente que o governo chinês confirmasse os fatos" e "que tal situação não volte a acontecer no futuro".
"As violações do espaço aéreo por balões de reconhecimento não tripulados e outros meios são totalmente inaceitáveis", completou.
A imprensa japonesa informou nesta quarta-feira que o governo examina a possibilidade de flexibilizar as regras para derrubar objetos que violam o espaço aéreo do país.
Atualmente, a lei permite o uso de armas apenas em caso de perigo claro e iminente, informou a agência Kyodo.
"Penso que este caso provoca a preocupação de que pode haver uma grande lacuna na defesa japonesa", declarou Itsunori Onodera, secretário para Política de Segurança do partido do governo e ex-ministro da Defesa.
O Japão disse na semana passada que reexaminaria uma série de incidentes envolvendo objetos aéreos não identificados, depois que um suposto balão espião chinês foi abatido pelos Estados Unidos após entrar em seu território.
Após o incidente, os militares americanos ajustaram os radares para detectar objetos menores e descobriram três outros dispositivos não identificados, que também foram abatidos.