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Japão destrói estoque de armas químicas deixado na China

Fábrica de destruição de armas, construída pelo Japão na China, começou a neutralizar o maior estoque de munições abandonado pelo exército imperial japonês

Voluntários com máscaras de gás durante uma aula sobre como agir a um ataque químico (Jm Lopez/AFP)

Voluntários com máscaras de gás durante uma aula sobre como agir a um ataque químico (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 18h35.

Pequim - Uma fábrica de destruição de armas químicas, construída pelo Japão na China, começou a neutralizar nesta segunda-feira o maior estoque de munições abandonado pelo exército imperial japonês ao final da Segunda Guerra Mundial.

A estrutura começou a funcionar na região de Harbaling, no nordeste da China, onde ficava o local mais importante de enterro de armas químicas deixadas pelos militares japoneses, explicou à AFP, em Tóquio, um funcionário do governo japonês.

As instalações de destruição funcionam com mão-de-obra chinesa e japonesa em um dos poucos exemplos de cooperação entre os dois países no tema sensível das responsabilidades de Tóquio por seu papel durante a guerra.

"O abandono destas armas representa um dos crimes mais graves cometidos pelos invasores militaristas japoneses durante a invasão da China", afirmou um funcionário chinês não identificado, citado no domingo pela agência de notícias chinesa Xinhua.

China e Japão assinaram a Convenção das Nações Unidas sobre a Proibição de Armas Químicas em 1997. Dois anos depois, os dois países assinaram um memorando no qual o Japão se comprometia a proporcionar os recursos, o equipamento e o pessoal necessários para a escavação e a destruição de todas as armas químicas deixadas na China antes de 2007. Desde então, este prazo foi prorrogado.

Foram registradas armas químicas abandonadas pelo Japão em várias dezenas de locais da China, o que representa um risco real para a segurança da população e o meio ambiente locais.

No mês passado, o Japão realizou, em cooperação com a China e conforme as disposições da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OACI), operações de escavação e recuperação de armas químicas.

Uma vez recuperadas, estas armas foram armazenadas em depósitos provisórios na China.

O processo de destruição será longo e complexo: a maioria das munições, de calibres diferentes, está corroída. Algumas estão deformadas e é, por isso, difícil desmontá-las.

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