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Japão continua com esforços para libertar refém do EI

Em um áudio divulgado pelo EI, o refém Kenji Goto afirma que seu companheiro de cativeiro, Haruna Yukawa, foi executado pelos jihadistas


	Imagem retirada de um vídeo divulgado pelo EI mostra militante e os dois reféns japoneses Kenji Goto (e) e Haruna Yukawa (d)
 (AFP)

Imagem retirada de um vídeo divulgado pelo EI mostra militante e os dois reféns japoneses Kenji Goto (e) e Haruna Yukawa (d) (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 07h07.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta segunda-feira que fará "todo o possível" para alcançar uma colaboração internacional e conseguir a libertação do jornalista japonês que permanece sequestrado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Empregaremos todos os meio possíveis e buscaremos a cooperação de outros países", afirmou Abe durante uma reunião de seu partido, o liberal-democrata (LPD), segundo a agência japonesa "Kyodo".

Em um suposto áudio divulgado pelo EI no sábado na internet, o refém japonês Kenji Goto afirma que seu companheiro de cativeiro, o também japonês Haruna Yukawa, foi executado pelos jihadistas.

O governo japonês continua analisando a veracidade do áudio e da foto, embora considere que "há muitas possibilidades" de que tanto o áudio como a fotografia sejam reais, disse hoje o ministro porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga.

A gravação estava acompanhada de uma imagem de Goto segurando uma foto de Yukawa, que supostamente foi degolado. Na mensagem de áudio, o refém explica que já não é necessário o pagamento do resgate inicialmente solicitado para salvar sua vida, porque agora o EI pede a libertação de uma extremista detida na Jordânia.

Goto e Yukata apareceram em um vídeo divulgado na terça-feira passada, no qual um suposto membro do Estado Islâmico deu um prazo de 72 horas para o governo do Japão pagar US$ 200 milhões e evitar a execução de ambos os reféns.

Além disso, o governo japonês continua seus contatos com vários países do Oriente Médio, entre eles a Jordânia, para obter ajuda na crise dos reféns, segundo confirmou Suga.

O Executivo criou um grupo de trabalho para coordenar a missão na capital da Jordânia, país que também se viu afetado pela última demanda do grupo jihadista de libertar a extremista Al Rishawi.

A prisioneira, de nacionalidade iraquiana, está detida na Jordânia após ser condenada à morte por um tribunal por tentar realizar um ataque suicida contra um hotel em Amã, em 2005, que não chegou a ser efetuado pois o cinto de explosivos que levava no seu corpo falhou.

A Jordânia "medita de maneira cuidadosa" o pedido do EI de trocar os prisioneiros, segundo revelou para a emissora japonesa "NHK" uma fonte próxima ao governo de Amã. 

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