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Itamaraty espera detalhes sobre censura a Paulo Coelho

Se a censura for confirmada, o Itamaraty deve pedir ao governo iraniano uma "revisão" da decisão

O próprio Paulo Coelho, que divulgou a informação em seu blog, afirmou que pode ser "apenas um mal-entendido"  (Divulgação)

O próprio Paulo Coelho, que divulgou a informação em seu blog, afirmou que pode ser "apenas um mal-entendido" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 19h32.

O Itamaraty espera informações mais concretas sobre a censura aos livros do escritor Paulo Coelho no Irã para determinar que tipo de reação o governo brasileiro deverá ter. Até agora, não há detalhes sobre qual o grau de proibição das obras - se realmente houve um banimento, apenas uma recomendação de não publicação - ou se é realmente uma iniciativa do governo.

Ontem, o chanceler Antonio Patriota chamou o embaixador do Irã em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, para uma conversa. Também o embaixador brasileiro em Teerã, Antonio Luís Salgado, foi orientado a buscar informações. Até o início da noite de hoje, no entanto, não havia informações concretas. O embaixador iraniano informou ao chanceler não ter obtido a confirmação das restrições. Da mesma forma, o embaixador brasileiro não conseguiu confirmar o banimento. 

Patriota orientou seus assessores a procurarem o escritor para obter detalhes do caso. No entanto, Paulo Coelho soube apenas informar o que ouviu de seu editor no Irã: o governo havia proibido a publicação de seus livros.

Se a censura for confirmada, o Itamaraty deve pedir ao governo iraniano uma "revisão" da decisão. Ainda assim, o pedido de informações continua aberto. Ao escritor, o Itamaraty deixou claro que espera uma resposta concreta do governo iraniano. A avaliação da diplomacia brasileira é que o fato de o Brasil ter um diálogo aberto com o Irã pode facilitar a revisão da decisão.

O próprio Paulo Coelho, que divulgou a informação em seu blog, afirmou que pode ser "apenas um mal-entendido" ou a decisão de um oficial de baixo escalão do governo iraniano. O escritor comenta, em seu blog pessoal, que não faz sentido proibir livros que estão circulando há mais de 12 anos no Irã e já venderam seis milhões de cópias.

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