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Itália trabalha prisões para evitar radicalização jihadista

O ministro italiano sustentou que uma das prioridades do Executivo é "evitar que (os jihadistas) façam represálias"


	Prisão: desde janeiro de 2015 foram detidos 85 extremistas e realizadas 109 expulsões
 (Richard Bouhet/AFP)

Prisão: desde janeiro de 2015 foram detidos 85 extremistas e realizadas 109 expulsões (Richard Bouhet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 14h09.

Roma - O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, reconheceu nesta segunda-feira que nas prisões do país "há risco de radicalização" jihadista, mas garantiu que as autoridades trabalham com programas especiais para controlá-lo e reduzi-lo.

"Nas prisões italianas há risco de radicalização e nós trabalhamos para reduzi-lo, com um programa complexo, não composto só de sanções, mas com medidas de desradicalização para evitar que o germe se estenda" pelas prisões, disse Alfano à imprensa.

O ministro italiano, que não detalhou o programa que é aplicado nas prisões, sustentou que uma das prioridades do Executivo é "evitar que (os jihadistas) façam represálias".

"Até agora temos bons resultados", acrescentou.

Para prevenir possíveis ataques terroristas, a Itália estendeu nos últimos meses a presença de forças de segurança em seu território, reforçou os controles de embarcações com imigrantes e refugiados que chegam ao litoral do país e aumentou a expulsão de sujeitos suspeitos de simpatizar com o extremismo religioso.

O titular do Interior informou que desde janeiro de 2015 foram detidos 85 extremistas e realizadas 109 expulsões por motivos de segurança.

Além disso, foram controlados 110 combatentes estrangeiros, dos quais 32 morreram e 17 retornaram à Europa.

As autoridades italianas supervisionaram 406.338 conteúdos em páginas de internet e investigam 164.160 pessoas, entre outras atuações. 

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