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Itália se despede de escritor Umberto Eco com funeral laico

Centenas de pessoas foram ao castelo, que fica perto da catedral milanesa, para participar da cerimônia, que foi breve à pedido da família

Umberto Eco: "Perdemos um mestre, mas não perdemos sua lição. Querido professor Eco, querido Umberto, hoje não te dizemos adeus", afirmou Giannini (Loic Venance / AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 13h42.

Roma - Personalidades da política, da cultura, da literatura e leitores anônimos se despediram nesta terça-feira do escritor, filósofo e semiólogo italiano Umberto Eco com um funeral laico celebrado no castelo Sforzesco de Milão .

Centenas de pessoas foram ao castelo, que fica perto da catedral milanesa, para participar da cerimônia, que foi breve à pedido da família.

Não durou mais de uma hora e meia, tempo em que não deixavam de se ouvir frases de elogio a um dos escritores mais reconhecidos no mundo todo.

O ministro de Cultura da Itália, Dario Franceschini, afirmou que Eco contava com "uma biblioteca dentro de si mesmo" e agradeceu ao autor de "O pêndulo de Foucault", a quem chamou de "mestre", por "ter sido cauteloso durante toda sua vida fora de sua janela".

Para a ministra de Educação, Stefania Giannini, "Eco é o símbolo daquele classicismo inovador do qual há tanta necessidade e do qual a Itália é portador no mundo".

"Perdemos um mestre, mas não perdemos sua lição. Querido professor Eco, querido Umberto, hoje não te dizemos adeus", afirmou Giannini.

Também foram se despedir o ator Roberto Benigni, o jornalista e escritor italiano Furio Colombo e a escritora Elisabetta Sgarbi.

Eco morreu na sexta-feira, aos 84 anos, em sua casa em Milão.

Sua última obra publicada foi "Número Zero", uma crítica ao mau jornalismo e a manipulação, mas em breve será lançada sua obra póstuma, "Pape Satàn Aleppe", título do verso escrito por Dante Aligheri no início do canto VII do Inferno em "A Divina Comédia".

Autor de obras como "O Nome da Rosa", "Baudolino" ou "O cemitério de Praga", ao longo de sua vida profissional também escreveu vários ensaios sobre semiótica, estética medieval, linguística e filosofia.

Sua primeira obra de semiótica foi "A estrutura ausente", publicada em 1968 e completada com "Tratado de semiótica geral" (1975), que se tornou volume de referência no mundo todo.

Eco recebeu a Legião de Honra da França em 1993 e o prêmio austríaco de Literatura Europeia por toda sua obra em 2004, em Salzburgo, além de ter sido nomeado doutor "honoris causa" por dezenas de universidades no mundo todo.

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Roma - Personalidades da política, da cultura, da literatura e leitores anônimos se despediram nesta terça-feira do escritor, filósofo e semiólogo italiano Umberto Eco com um funeral laico celebrado no castelo Sforzesco de Milão .

Centenas de pessoas foram ao castelo, que fica perto da catedral milanesa, para participar da cerimônia, que foi breve à pedido da família.

Não durou mais de uma hora e meia, tempo em que não deixavam de se ouvir frases de elogio a um dos escritores mais reconhecidos no mundo todo.

O ministro de Cultura da Itália, Dario Franceschini, afirmou que Eco contava com "uma biblioteca dentro de si mesmo" e agradeceu ao autor de "O pêndulo de Foucault", a quem chamou de "mestre", por "ter sido cauteloso durante toda sua vida fora de sua janela".

Para a ministra de Educação, Stefania Giannini, "Eco é o símbolo daquele classicismo inovador do qual há tanta necessidade e do qual a Itália é portador no mundo".

"Perdemos um mestre, mas não perdemos sua lição. Querido professor Eco, querido Umberto, hoje não te dizemos adeus", afirmou Giannini.

Também foram se despedir o ator Roberto Benigni, o jornalista e escritor italiano Furio Colombo e a escritora Elisabetta Sgarbi.

Eco morreu na sexta-feira, aos 84 anos, em sua casa em Milão.

Sua última obra publicada foi "Número Zero", uma crítica ao mau jornalismo e a manipulação, mas em breve será lançada sua obra póstuma, "Pape Satàn Aleppe", título do verso escrito por Dante Aligheri no início do canto VII do Inferno em "A Divina Comédia".

Autor de obras como "O Nome da Rosa", "Baudolino" ou "O cemitério de Praga", ao longo de sua vida profissional também escreveu vários ensaios sobre semiótica, estética medieval, linguística e filosofia.

Sua primeira obra de semiótica foi "A estrutura ausente", publicada em 1968 e completada com "Tratado de semiótica geral" (1975), que se tornou volume de referência no mundo todo.

Eco recebeu a Legião de Honra da França em 1993 e o prêmio austríaco de Literatura Europeia por toda sua obra em 2004, em Salzburgo, além de ter sido nomeado doutor "honoris causa" por dezenas de universidades no mundo todo.

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