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Itália desmonta esquema de tráfico de sírios para Europa

O grupo criminoso organizou transporte para mais de 200 imigrantes de 2014 a 2016, cobrando ao menos 500 euros por pessoa


	Imigrantes: a operação teve início em setembro do ano passado após um italiano ser preso na Hungria "enquanto dirigia um veículo com diversos imigrantes ilegais"
 (Heinz-Peter Bader / Reuters)

Imigrantes: a operação teve início em setembro do ano passado após um italiano ser preso na Hungria "enquanto dirigia um veículo com diversos imigrantes ilegais" (Heinz-Peter Bader / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 13h02.

Roma - A polícia italiana informou nesta terça-feira que desmontou uma rede criminosa que traficava refugiados sírios pelos Bálcãs para a Europa Ocidental. Forças internacionais de polícia prenderam 21 pessoas na Áustria, Alemanha e Itália por suspeita de tráfico de pessoas, de acordo com comunicado da polícia.

As prisões foram realizadas após investigação conduzida por procuradores na cidade italiana de Como, no norte do país.

A maior parte dos presos era de origem síria, enquanto os outros eram da Argélia, Egito, Líbano e Tunísia e eram oficialmente residentes em áreas próximas a Como.

O grupo criminoso organizou transporte para mais de 200 imigrantes de 2014 a 2016, cobrando ao menos 500 euros por pessoa, de acordo com procuradores, que trabalharam juntos com a unidade de cooperação jurídica da União Europeia, a Eurojust.

A operação teve início em setembro do ano passado após um italiano ser preso na Hungria "enquanto dirigia um veículo com diversos imigrantes ilegais", informou a Eurojust em comunicado separado.

A polícia italiana informou que o grupo buscava imigrantes que chegaram a Hungria, e de lá levava para Alemanha, Áustria, e algumas vezes França e Itália.

A chamada "rota dos Bálcãs", usada por centenas de milhares de imigrantes no ano passado, se tornou menos populares desde que a União Europeia e Turquia concordaram em impedir travessias de barcos da Turquia para a Grécia anteriormente neste ano. (Reportagem de Steve Scherer e Gavin Jones)

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