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Itália aprova lei eleitoral que prejudica Movimento 5 Estrelas

Agora, partidos que concorrem em coalizões ganham a maioria dos assentos simples no parlamento. Isso prejudica o M5E, que se recusa a fazer coalizões

Beppe Grilo, líder do Movimento 5 Estrelas na Itália (Alessandro Bianchi/Reuters)

Beppe Grilo, líder do Movimento 5 Estrelas na Itália (Alessandro Bianchi/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2017 às 10h36.

Roma - O Parlamento da Itália aprovou nesta quinta-feira uma nova lei eleitoral que pode reduzir as chances de sucesso do partido oposicionista Movimento 5 Estrelas nas eleições do próximo ano.

O Senado deu seu aval final hoje à lei, que combina regras para votação proporcional e por maioria simples. A legislação já havia sido aprovada anteriormente pela câmara baixa.

A nova lei foi fortemente combatida pelo Movimento 5 Estrelas, uma vez que partidos que concorram em coalizões tenderão a ganhar a maioria dos assentos destinados para o sistema por maioria simples. Isso prejudica o partido oposicionista, que se recusa a fazer coalizões com outros grupos.

"E quase impossível adotar uma nova lei eleitoral sem criar perdedores e, obviamente, ganhadores", comentou o fundador da LC Macro Advisors. "Desta vez, o claro perdedor é o Movimento 5 Estrelas."

As eleições italianas do próximo ano precisam ser realizadas até maio, mas a expectativa é que ocorram em março. As projeções são de que não haverá uma coalizão com clara maioria no Parlamento, uma vez que o eleitorado está dividido por igual entre três grandes grupos: a coalizão de centro-direita liderada em parte pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o governista de centro-esquerda Partido Democrático e o Movimento 5 Estrelas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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