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Itália aprova envio de 'missão civil' à região líbia da Cirenaica

Grupo pretende dar assistência às cidade de Benghazi e Misurata, principalmente, com, entre outras coisas, remédios e comida

Líbios dormem no chão em fronteira: ajuda também irá a egípcios refugiados (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 10h02.

Roma - O Governo italiano aprovou nesta quinta-feira o envio de uma "missão civil" à região líbia da Cirenaica (nordeste), como parte do plano de ajuda humanitária diante da situação de "emergência" que vive a Líbia, para o qual a Itália dispôs um aporte de 5 milhões de euros.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, ao fim do Conselho de Ministros realizado nesta quinta-feira em Roma em entrevista coletiva, na qual explicou que o plano de ajuda disposto por seu Governo prevê a distribuição de cidadãos egípcios.

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Esta "missão civil", segundo explicou Frattini, pretende prestar assistência, principalmente, às cidades de Benghazi e Misurata, levando, entre outras coisas, comida e remédios, embora ainda deva ser decidido se a ajuda chegará de avião ou por terra pelo Egito.

"Decidimos duas importantes missões humanitárias. A primeira, a pedido do Egito e da Tunísia, prevê a assistência a 60 mil egípcios que trabalham na Líbia e que agora fugiram em direção a Tunísia", indicou Frattini, em comparecimento transmitido ao vivo pela televisão.

Na entrevista coletiva estavam titulares de Defesa, Ignazio la Russa, e do Interior, Roberto Maroni, que explicaram que para esta missão serão utilizados meios das Forças Armadas, embora sempre com fins civis, e que como parte do plano estão disponíveis "homens e meios" para tentar frear o fluxo migratório para a Itália.

Nas últimas horas, o ministro de Exteriores italiano falou por telefone com a Alta Representante da UE, Catherine Ashton, e com seu colega francês, Alain Juppé, com que abordou vários aspectos da crise da Líbia, como a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea.

Sobre uma possível intervenção a partir do exterior na Líbia, Frattini disse: "É uma hipótese que já gerou a perplexidade da Liga Árabe. Excluo categoricamente que a Itália possa participar de uma ação militar na Líbia, por óbvios motivos ligados ao nosso passado colonial".

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