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Israel suspende detenção de palestino em greve de fome

Israel suspendeu temporariamente a detenção administrativa do palestino Mohammed Alan, em greve de fome há 65 dias

Manifestantes agitam bandeiras palestinas em frente a um assentamento israelense (Musa al-Shaer/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 16h37.

Jerusalém - Israel suspendeu temporariamente a detenção administrativa do palestino Mohammed Alan, em greve de fome há 65 dias, após o preso ameaçar nesta quarta-feira também deixar de beber água e aceitar receber nutrientes através de aplicações intravenosas se não for colocado em liberdade.

A Corte Suprema de Israel anunciou a decisão depois de uma tomografia mostrar que Alan sofreu dano cerebral, informou a agência "Ynet". Se o prejuízo for irreversível, indicou o tribunal, o preso deve ser colocado em liberdade e a prisão revogada.

"A condição de Alan é perigosa e poderia sofrer uma rápida deterioração", afirmou à imprensa o diretor do hospital de Barzilai, na cidade israelense de Ashkelon, Hezi Levy.

O procurador-geral de Israel, Yochi Gansin, destacou ao tribunal que o palestino só deve ser colocado em liberdade caso a lesão sofrida não o permita retornar às atividades pelas quais foi preso.

Israel não acusou formalmente Alan de nenhum crime, nem informou ao réu ou aos seus advogados das provas contra ele. Ele está em uma situação chamada detenção administrativa, que permite a prisão sem julgamento nem acusação durante seis meses, prorrogáveis indefinidamente.

Segundo os advogados de Alan, as autoridades israelenses tinham oferecido um acordo para libertá-lo no próximo dia 3 de novembro, quando termina uma das prorrogações de sua prisão. O palestino foi detido em novembro do ano passado.

Alan, advogado de 31 anos da província de Nablus e suspeito de ser membro da Jihad Islâmica, iniciou a greve de fome há mais de dois meses como forma de protesto.

O caso de Alan gerou uma polêmica ética em Israel, ao ser o primeiro após a aprovação, no final de julho, de uma controvertida lei que legaliza a alimentação forçada para prisioneiros em greve de fome. A medida é considerada como tortura pela comunidade médica, e a principal associação pediu que os profissionais descumpram a norma.

Na última semana, os médicos forneceram a Alan sais minerais, vitamina e água através de aplicações intravenosas, mas respeitaram a vontade do preso de não ser alimentado à força.

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Jerusalém - Israel suspendeu temporariamente a detenção administrativa do palestino Mohammed Alan, em greve de fome há 65 dias, após o preso ameaçar nesta quarta-feira também deixar de beber água e aceitar receber nutrientes através de aplicações intravenosas se não for colocado em liberdade.

A Corte Suprema de Israel anunciou a decisão depois de uma tomografia mostrar que Alan sofreu dano cerebral, informou a agência "Ynet". Se o prejuízo for irreversível, indicou o tribunal, o preso deve ser colocado em liberdade e a prisão revogada.

"A condição de Alan é perigosa e poderia sofrer uma rápida deterioração", afirmou à imprensa o diretor do hospital de Barzilai, na cidade israelense de Ashkelon, Hezi Levy.

O procurador-geral de Israel, Yochi Gansin, destacou ao tribunal que o palestino só deve ser colocado em liberdade caso a lesão sofrida não o permita retornar às atividades pelas quais foi preso.

Israel não acusou formalmente Alan de nenhum crime, nem informou ao réu ou aos seus advogados das provas contra ele. Ele está em uma situação chamada detenção administrativa, que permite a prisão sem julgamento nem acusação durante seis meses, prorrogáveis indefinidamente.

Segundo os advogados de Alan, as autoridades israelenses tinham oferecido um acordo para libertá-lo no próximo dia 3 de novembro, quando termina uma das prorrogações de sua prisão. O palestino foi detido em novembro do ano passado.

Alan, advogado de 31 anos da província de Nablus e suspeito de ser membro da Jihad Islâmica, iniciou a greve de fome há mais de dois meses como forma de protesto.

O caso de Alan gerou uma polêmica ética em Israel, ao ser o primeiro após a aprovação, no final de julho, de uma controvertida lei que legaliza a alimentação forçada para prisioneiros em greve de fome. A medida é considerada como tortura pela comunidade médica, e a principal associação pediu que os profissionais descumpram a norma.

Na última semana, os médicos forneceram a Alan sais minerais, vitamina e água através de aplicações intravenosas, mas respeitaram a vontade do preso de não ser alimentado à força.

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