Israel responde a ataques vindos de Gaza após ameaça de Netanyahu
Israel lançou bombas contra a Jihad Islâmica no território palestino em resposta ao lançamento de 28 foguetes disparados por Gaza
EFE
Publicado em 29 de maio de 2018 às 09h45.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que o exército do país responderia "energicamente" aos ataques com 28 foguetes disparados da Faixa de Gaza , que deixaram uma pessoa levemente ferida, e, pouco tempo depois, as forças israelenses iniciaram bombardeios contra alvos da Jihad Islâmica no centro do território palestino.
"Israel vê com a máxima gravidade o ataque às comunidades do sul por parte do Hamas e da Jihad Islâmica a partir de Gaza. O exército vai agir com vigor", comentou o chefe de governo.
O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, se reuniu na manhã com o chefe do Estado-Maior e outras altas categorias militares para falar sobre o aumento da tensão em Gaza, conforme confirmou à Agência Efe uma porta-voz ministerial.
Pouco tempo depois, um porta-voz militar israelense informou que "as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) estão realizando uma operação sobre a Faixa de Gaza neste momento. As explosões que estão sendo ouvidas hoje têm relação com essa atividade", comentou.
Meios de comunicação e testemunhas em Gaza confirmaram à Efe que vários alvos da Jihad Islâmica estão sendo bombardeados na Faixa. Seguindo essas fontes, o Hamas e outros grupos palestinos evacuaram suas instalações e bases em Gaza em antecipação dessa possível represália israelense.
O enviado especial da ONU no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, declarou em comunicado que está "profundamente preocupado com o lançamento indiscriminado de foguetes por milicianos palestinos vindos de Gaza" um dos quais "caiu nas imediações de uma creche, e poderia ter matado ou ferido crianças".
"Tais ataques são inaceitáveis e solapam os amplos esforços da comunidade internacional para melhorar a situação em Gaza", lamentou Mladenov, que pediu "moderação" a todas as partes, para "evitar a escalada e prevenir incidentes que ponham em perigo as vidas de palestinos e israelenses".
Horas depois dos ataques que partiram de Gaza, o grupo islamita palestino Jihad Islâmica parabenizou o que chamou de "ato de resistência", mas não assumiu a autoria da ação, que aconteceu após a morte no domingo de três de seus milicianos por fogo israelense.