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Israel prende dezenas de funcionários públicos por corrupção

A polícia israelense informou ter detido mais de 30 atuais e ex-funcionários públicos em uma investigação sobre supostos atos de corrupção


	O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: detidos são ligados a um partido da coalizão do primeiro-ministro
 (Jack Guez/AFP)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: detidos são ligados a um partido da coalizão do primeiro-ministro (Jack Guez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 13h28.

Jerusalém - A polícia israelense informou nesta quarta-feira ter detido mais de 30 atuais e ex-funcionários públicos em uma investigação sobre supostos atos de corrupção ligados a um partido da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A mídia israelense identificou os funcionários como ligados ao Yisrael Beitenu, o partido do ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, e do vice-ministro do Interior, Faina Kirshenbaum, e um membro sênior do partido, como um dos suspeitos.

A porta-voz da polícia Luba Samri disse que alguns suspeitos já havia sido levados ao tribunal para audiências de prisão preventiva. Ela disse que há suspeita de crimes como fraude, abuso de confiança e lavagem de dinheiro.

O Yisrael Beitenu divulgou um comunicado negando irregularidades e disse que a polícia tinha deliberadamente escolhido o partido como alvo antes de uma eleição geral em 17 de março em que Netanyahu busca o quarto mandato.

"Temos certeza da inocência (dos suspeitos de irregularidades), e depois que o barulho e o fervor da mídia se dissiparem, será descoberto que não há nada para apoiar estas publicações além de um esforço para prejudicar (o partido), e isso irá falhar", disse o comunicado.

Questionado em uma aparição pública horas após a notícia ser publicada, Lieberman disse que não tinha conhecimento da investigação e se recusou a falar.

O chefe de polícia Yohanan Danino negou que a investigação tinha sido deliberadamente programada para ser divulgada com a proximidade das eleições.

"A investigação está em curso há um ano e a transição para uma operação ostensiva é resultado de uma análise da prova e da sua disponibilidade para tornar os assuntos públicos", afirmou Danino.

Samri disse que a investigação "levantou suspeitas de que os suspeitos colaboraram para promover seus próprios interesses privados e públicos para obter recursos de uma maneira que fundamentalmente danificou a conduta adequada".

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