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Israel diz que pode não concluir libertação de prisioneiros

País disse a Abbas que pode não concluir libertação a menos que se comprometa a prolongar conversas de paz

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reúne com o o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Casa Branca em Washington (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reúne com o o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Casa Branca em Washington (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 17h11.

Jerusalém - Israel disse nesta terça-feira ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, que pode não concluir o estágio final da libertação de prisioneiros palestinos a menos que ele se comprometa a prolongar as conversas de paz depois do prazo final de abril em busca de um acordo.

Um funcionário palestino sênior afirmou que haveria "grandes consequências" se a soltura não ocorresse como planejada.

Tzipi Livni, a principal negociadora de Israel, emitiu o alerta um dia depois de Abbas, que se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressar a esperança de que os detentos fossem libertados até 29 de março.

"Jamais houve um comprometimento automático para libertar prisioneiros sem relação com o progresso nas negociações", afirmou Livni em um discurso no sul de Israel que pode complicar os esforços de Washington para salvar o processo de paz.

Ela se referia ao fato de Israel ter aceito, como parte do empenho dos EUA para ressuscitar as conversas sobre a criação do Estado palestino, estancadas há três anos, libertar 104 detentos presos por ataques, muitos deles mortais, contra israelenses antes de um acordo de paz interino de 1993.

Israel já soltou mais de 70 destes prisioneiros desde a retomada das negociações em julho. Mas as conversas pouco progrediram, e Washington tenta estabelecer diretrizes para mantê-las em andamento para além de 29 de abril, a data-limite original, para que se chegue a um acordo.

O porta-voz de Abbas disse que não realizar a entrega da última leva de detentos representaria uma violação de um acordo fechado com os EUA e Israel.

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