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Israel celebra nova posição de países árabes sobre fronteira

A nova posição dos países árabes sobre as fronteiras do futuro Estado palestino contempla o intercâmbio de territórios

A ministra israelense da Justiça Tzipi Livni: "a iniciativa da Liga Árabe reforça realmente a chance de chegar a um acordo de paz", disse (AFP / Uriel Sinai)
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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 13h07.

Jerusalém - Israel expressou satisfação, nesta terça-feira, com a nova posição dos países árabes sobre as fronteiras do futuro Estado palestino, que contempla o intercâmbio de territórios.

"É certamente uma etapa importante e me alegro disto", declarou a ministra israelense da Justiça Tzipi Livni, responsável pelas negociações com os palestinos, depois que a Liga Árabe aceitou o princípio de uma troca de territórios entre as duas partes.

"A iniciativa da Liga Árabe reforça realmente a chance de chegar a um acordo de paz", completou Livni.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e os ministros das Relações Exteriores de vários países árabes tentaram na segunda-feira em Washington reativar o processo de paz israelense-palestino com a iniciativa de paz apresentada pela Arábia Saudita em 2002.

A iniciativa de paz saudita, aprovada pela Liga Árabe, prevê uma normalização das relações entre os países árabes e Israel, em troca da retirada dos territórios árabes ocupados pelos israelenses desde 1967.

A iniciativa estipula ainda a criação de um Estado palestino com Jerusalém Leste como capital e uma solução "justa" da questão dos refugiados, baseada na resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Na época, Israel viu "aspectos positivos" na iniciativa de paz, mas nunca a aceitou formalmente devido principalmente à menção do direito de retorno dos refugiados palestinos.


A proposta dos Estados árabes oferecia o restabelecimento de relações diplomáticas com Israel em troca de "uma retirada total" dos territórios ocupados desde junho de 1967 e a criação de um Estado palestino.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro do Qatar, Hamad bin Jassim, disse que a criação do Estado palestino deveria ser baseada nas fronteiras anteriores a junho de 1967, mas que não se deveria descartar a possibilidade de uma troca de territórios de menor importância que refletisse a evolução na região.

A posição se afasta um pouco do texto original da iniciativa de paz e se aproxima da postura americana.

Em maio de 2011, o presidente americano Barack Obama disse que qualquer acordo deveria estar "baseado nas linhas de 1967 com trocas de territórios de mútuo acordo".

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu rejeitou o plano de qualquer retorno às fronteiras de 1967, mas Livni recebeu com satisfação a flexibilização da posição árabe.

"As coisas que foram ditas ontem à noite são muito positivas", disse Livni.

Israel deve atuar com cautela, mas ao mesmo tempo deve buscar algo que permita superar a paralisia das negociações, suspensas desde setembro de 2010 em consequência do plano de colonização israelense, destacou a ministra.

*Matéria atualizada às 13h07

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Jerusalém - Israel expressou satisfação, nesta terça-feira, com a nova posição dos países árabes sobre as fronteiras do futuro Estado palestino, que contempla o intercâmbio de territórios.

"É certamente uma etapa importante e me alegro disto", declarou a ministra israelense da Justiça Tzipi Livni, responsável pelas negociações com os palestinos, depois que a Liga Árabe aceitou o princípio de uma troca de territórios entre as duas partes.

"A iniciativa da Liga Árabe reforça realmente a chance de chegar a um acordo de paz", completou Livni.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e os ministros das Relações Exteriores de vários países árabes tentaram na segunda-feira em Washington reativar o processo de paz israelense-palestino com a iniciativa de paz apresentada pela Arábia Saudita em 2002.

A iniciativa de paz saudita, aprovada pela Liga Árabe, prevê uma normalização das relações entre os países árabes e Israel, em troca da retirada dos territórios árabes ocupados pelos israelenses desde 1967.

A iniciativa estipula ainda a criação de um Estado palestino com Jerusalém Leste como capital e uma solução "justa" da questão dos refugiados, baseada na resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Na época, Israel viu "aspectos positivos" na iniciativa de paz, mas nunca a aceitou formalmente devido principalmente à menção do direito de retorno dos refugiados palestinos.


A proposta dos Estados árabes oferecia o restabelecimento de relações diplomáticas com Israel em troca de "uma retirada total" dos territórios ocupados desde junho de 1967 e a criação de um Estado palestino.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro do Qatar, Hamad bin Jassim, disse que a criação do Estado palestino deveria ser baseada nas fronteiras anteriores a junho de 1967, mas que não se deveria descartar a possibilidade de uma troca de territórios de menor importância que refletisse a evolução na região.

A posição se afasta um pouco do texto original da iniciativa de paz e se aproxima da postura americana.

Em maio de 2011, o presidente americano Barack Obama disse que qualquer acordo deveria estar "baseado nas linhas de 1967 com trocas de territórios de mútuo acordo".

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu rejeitou o plano de qualquer retorno às fronteiras de 1967, mas Livni recebeu com satisfação a flexibilização da posição árabe.

"As coisas que foram ditas ontem à noite são muito positivas", disse Livni.

Israel deve atuar com cautela, mas ao mesmo tempo deve buscar algo que permita superar a paralisia das negociações, suspensas desde setembro de 2010 em consequência do plano de colonização israelense, destacou a ministra.

*Matéria atualizada às 13h07

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