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Israel aprova lei para alistamento de ultra-ortodoxos

Uma comissão política israelense enviou a proposta ao governo de Benjamin Netanyahu para que seja analisada no Parlamento

Judeus ultra-ortodoxos votam em Israel: a medida prevê a aplicação de sanções legais aos ultra-ortodoxos que não se apresentem ao serviço militar (Ronen Zvulun/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 10h25.

Jerusalém - Uma comissão política formada por seis ministros deu nesta quarta-feira sinal verde a um histórico projeto de lei em Israel para o alistamento militar dos jovens ultra-ortodoxos e enviou a proposta ao governo de Benjamin Netanyahu para que seja analisada no Parlamento.

O projeto de lei estabelece pela primeira vez como obrigatório o serviço militar para estudantes de seminários rabínicos judeus, que desde 1948 desfrutam de isenção automática ao alistamento.

A medida prevê a aplicação de sanções legais aos ultra-ortodoxos que não se apresentem ao serviço militar. O projeto de lei foi aprovado por quatro votos a favor, um contra e uma abstenção.

'Nenhum de nós quer impor uma vida secular ou nossa forma de ver a identidade israelense', disse hoje em entrevista coletiva o ministro das Finanças, Yair Lapid, porta-voz da nova lei.

A necessidade de dividir de forma mais equitativa as obrigações de segurança fez parte das campanhas das últimas eleições dos partidos Yisrael Beiteinu (que se apresentou com o Likud), Yesh Atid e Habayit Hayehudi, embora até esta manhã seus dirigentes não tinham chegado a um acordo.


O ultradireitista Yisrael Beiteinu conseguiu introduzir no último momento um compromisso de que em um prazo de cinco anos o governo regulará um serviço civil voluntário para a minoria árabe, a outra comunidade isenta.

Os jovens em Israel prestam serviço militar obrigatório de 36 meses para homens e 24 para mulheres e a isenção dos estudantes rabínicos vinha provocando nos últimos anos vários protestos sociais.

Em 2012, o Supremo Tribunal qualificou como 'discriminatória' a lei de isenções de 2002. Segundo o novo projeto, 65% dos jovens ultraotodoxos em idade militar deverão realizar serviço militar (cerca de 3.200) ou civil (aproximadamente 2.000).

As exceções serão 1.800 jovens conhecidos como 'prodígios da Torá', que seguirão estudando o texto sagrado para o judaísmo, e aqueles que não possam servir por razões médicas. O restante será recrutado a partir de 2017.

A inclusão dos ortodoxos nas fileiras do Exército será acompanhada de um corte de quatro meses no serviço regular dos homens (de 36 a 32) e um alargamento no das mulheres (de 24 a 28). EFE

elb/dk

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A medida prevê a aplicação de sanções legais aos ultra-ortodoxos que não se apresentem ao serviço militar. O projeto de lei foi aprovado por quatro votos a favor, um contra e uma abstenção.

'Nenhum de nós quer impor uma vida secular ou nossa forma de ver a identidade israelense', disse hoje em entrevista coletiva o ministro das Finanças, Yair Lapid, porta-voz da nova lei.

A necessidade de dividir de forma mais equitativa as obrigações de segurança fez parte das campanhas das últimas eleições dos partidos Yisrael Beiteinu (que se apresentou com o Likud), Yesh Atid e Habayit Hayehudi, embora até esta manhã seus dirigentes não tinham chegado a um acordo.


O ultradireitista Yisrael Beiteinu conseguiu introduzir no último momento um compromisso de que em um prazo de cinco anos o governo regulará um serviço civil voluntário para a minoria árabe, a outra comunidade isenta.

Os jovens em Israel prestam serviço militar obrigatório de 36 meses para homens e 24 para mulheres e a isenção dos estudantes rabínicos vinha provocando nos últimos anos vários protestos sociais.

Em 2012, o Supremo Tribunal qualificou como 'discriminatória' a lei de isenções de 2002. Segundo o novo projeto, 65% dos jovens ultraotodoxos em idade militar deverão realizar serviço militar (cerca de 3.200) ou civil (aproximadamente 2.000).

As exceções serão 1.800 jovens conhecidos como 'prodígios da Torá', que seguirão estudando o texto sagrado para o judaísmo, e aqueles que não possam servir por razões médicas. O restante será recrutado a partir de 2017.

A inclusão dos ortodoxos nas fileiras do Exército será acompanhada de um corte de quatro meses no serviço regular dos homens (de 36 a 32) e um alargamento no das mulheres (de 24 a 28). EFE

elb/dk

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