A Irmandade Muçulmana era o principal grupo de oposição a Mubarak (Chris Hondros/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2012 às 14h00.
Cairo - O movimento Irmandade Muçulmano egípcio destacou nesta sexta-feira "o triunfo pacífico do povo" e assegurou que a renúncia do presidente Hosni Mubarak é o começo de "uma nova etapa" na história do Egito.
"A queda do injusto regime de Mubarak representa a passagem principal e o começo de um longo caminho", disse à Agência Efe o porta-voz da organização islâmica, Mohammed Mursi, pedindo às Forças Armadas que cumpram "com as legítimas aspirações do povo".
Mursi louvou o povo egípcio "por sua resistência" e fez "homenagem aos mártires pelo sangue que derramaram pela liberdade da pátria".
Para o dirigente da Irmandade Muçulmana, a vitória do povo foi conquistada de "maneira pacífica e civilizada, sem agredir a propriedade pública e privada nem as instituições do Estado".
Quanto à entrega do poder às Forças Armadas, Mursi insistiu que a instituição militar tem que cumprir com as exigências do povo.
"As Forças Armadas são capazes de proteger o poder e a vontade popular e passar ao povo o poder legítimo", ressaltou o porta-voz.
Entre as principais demandas reivindicações populares, Mursi citou "um novo Parlamento, uma nova Constituição e que se emende grande parte da atual".
A carta magna deve "minimizar os poderes do presidente" e expressar "a vontade popular", acrescentou.
Mursi reiterou sua esperança que se realizem "eleições livres e honestas" para estabelecer "um novo regime com um Governo que satisfaça os interesses do povo e do país".
"Os egípcios devem compreender que estamos no curso de um novo caminho", ressaltou.