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Irlanda revisará acordos com EUA para trânsito de passageiros

O presidente do país assegurou que não está de acordo com essas medidas e que ordenou uma "revisão completa" dos acordos assinados com os EUA

Irlanda: o chefe do governo irlandês viaja todo dia 17 de março a Washington para se reunir com o presidente americano em sinal de amizade (foto/Getty Images)

Irlanda: o chefe do governo irlandês viaja todo dia 17 de março a Washington para se reunir com o presidente americano em sinal de amizade (foto/Getty Images)

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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 19h49.

Dublin - O Taoiseach (primeiro-ministro irlandês), Enda Kenny, anunciou nesta segunda-feira que ordenou uma revisão dos acordos da Irlanda com Washington para controlar as viagens de passageiros de aeroportos irlandeses aos Estados Unidos, em resposta à polêmica política de imigração do presidente Donald Trump.

Kenny assegurou que não está de acordo com essas medidas e que ordenou uma "revisão completa" dos acordos assinados com os EUA nesta matéria, depois que membros de seu governo tenham lhe advertido que poderiam ser "ilegais".

"Obviamente, direi isso ao presidente (Trump) e ao vice-presidente quando me encontrar com eles", declarou hoje o Taoiseach.

Os aeroportos de Dublin e Shannon (oeste da Irlanda) estão entre as poucas instalações internacionais em que os controles de passaportes são realizados por funcionários de imigração americanos, graças a um acordo assinado pelos países em 2008.

Desta maneira, os viajantes embarcados nesses aeroportos podem tramitar suas solicitações de entrada aos EUA e de viagem antes de deixar a República da Irlanda.

As polêmicas medidas estipuladas por Trump vetam a entrada nos EUA de cidadãos com passaportes de Líbia, Sudão, Iraque, Somália, Síria, o Iêmen e Irã, e suspendem a entrada de todos os refugiados durante 120 dias e dos sírios indefinidamente.

Kenny confirmou também que aceitou o convite feito por Trump para assistir à tradicional recepção que a Casa Branca organiza todo ano no Dia de São Patrício (17 de março).

O Taoiseach comentou que é importante "dar voz" aos milhares de irlandeses que residem nos EUA, pois não se trata só de reunir-se com Trump, mas de reafirmar a especial relação entre os países.

O chefe do governo irlandês viaja todo dia 17 de março a Washington para se reunir com o presidente americano em sinal de amizade entre os dois países.

Durante o mandato do presidente republicano Ronald Reagan, essa cerimônia se transformou em um dia inteiro de celebração de São Patrício, o padroeiro da Irlanda, que inclui, entre outros atos, um almoço na Casa Branca. EFE

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