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Premiê iraquiano oferece anistia a alguns rebeldes

Nouri al-Maliki disse que encontrar uma solução política para a crise política no país não é mais importante do que a união de todos


	Militantes do EIIL na fronteira entre Síria e Iraque
 (AFP/Arquivos)

Militantes do EIIL na fronteira entre Síria e Iraque (AFP/Arquivos)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 21h12.

Bagdá - O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, disse em um discurso à nação nesta quarta-feira que encontrar uma solução política para a crise política no país não é mais importante do que a união de todos na luta contra os extremistas islâmicos.

Maliki também emitiu uma anistia para as tribos sunitas que eventualmente ajudaram os extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) durante a insurgência que tomou conta de partes do território norte e oeste do país.

"A única batalha que deve ser prioridade sobre todas as outras batalhas é a batalha da segurança, a batalha para proteger o Iraque e a sua unidade", disse Maliki. "Ninguém deve acreditar que há uma questão mais importante."

Embora Maliki tenha aberto o seu discurso com um tom desafiados, ele adotou um tom conciliador mais tarde ao expressar consternação sobre a sessão parlamentar de ontem, que não conseguiu eleger um novo presidente da Câmara. A votação teria sido um primeiro passo crucial para a eleição de um novo gabinete.

"Ocorreu uma fraqueza na primeira sessão do parlamento, que vamos superar na próxima sessão", disse Maliki. O Parlamento deve se reunir na próxima semana para tentar novamente eleger um líder para a casa.

Os legisladores sunitas e xiitas aliados de Maliki querem lhe negar um terceiro mandato, acusando-o de má condução da crise de segurança que está alimentando as tensões sectárias. Maliki é xiita e tem laços estreitos com o Irã.

Autoridades dos EUA disseram reservadamente que Maliki deve se demitir para alcançar uma solução política.

Na tentativa de reverter os ganhos territoriais dos militantes no Iraque, Maliki emitiu uma anistia aos combatentes que apoiam o EIIL, mas não o próprio grupo militante. Autoridades norte-americanas e iraquianas disseram que não vai negociar com o grupo extremista.

"Eu anuncio que vamos dar anistia a todas as tribos e pessoas envolvidas nas ações contra o governo", disse Maliki. "Eles serão bem-vindos e não haverá exceções", mas acrescentou que qualquer insurgente que tiver matado algum combatente da força nacional iraquiana terá de ser perdoado pelas famílias dos policiais ou soldados mortos antes de receber anistia.

Violência

Na noite de hoje, confrontos pesados entre forças de segurança iraquianas e insurgentes no distrito de Dijla, na província de Tikrit, mataram 13 combatentes do EIIL, disse um oficial de segurança do centro de operações do comando de Samarra.

Na semana passada, o governo lançou um ataque militar agressivo contra os rebeldes que invadiram grande parte da província de Tikrit no mês passado.

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