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Iraque lança operação para libertar cidade cercada

Ofensiva acontece após um chamado do secretário de Estado americano, John Kerry, por uma coalizão mundial para combater os "insurgentes genocidas"

Imagem divulgada pela mídia jihadista mostra membros do Estado Islâmico exibindo sua bandeira na base do exército sírio na província de Raqa (AFP)

Imagem divulgada pela mídia jihadista mostra membros do Estado Islâmico exibindo sua bandeira na base do exército sírio na província de Raqa (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2014 às 17h39.

O Exército iraquiano e as milícias xiitas lançaram neste sábado uma grande ofensiva para romper o cerco imposto há mais de dois meses pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) a uma cidade turcomana xiita ao norte de Bagdá, segundo autoridades.

A ofensiva acontece após um chamado do secretário de Estado americano, John Kerry, por uma coalizão mundial para combater os "insurgentes genocidas", e a advertência do rei da Arábia Saudita de que o Ocidente será o próximo alvo do EI se medidas não forem tomadas.

Da operação para derrubar o bloqueio jihadista a Amerli participavam efetivos das Forças Armadas iraquianas, milhares de milicianos xiitas e peshmergas (soldados curdos).

O Ministério da Defesa do Iraque também anunciou hoje ter recebido helicópteros de ataque russos Mi-28 para combater os milicianos, sem especificar o número de aparelhos ou o valor pago pelos mesmos.

A localidade está cercada desde que o EI lançou uma grande ofensiva no Iraque em junho. Os moradores enfrentam a escassez de alimentos e água e são ameaçados por serem xiitas, o que os jihadistas consideram uma heresia, e por sua resistência aos milicianos, que impuseram duros castigos em outros lugares.

O EI declarou um "califado" que abrange amplas áreas de território sob seu controle em Iraque e Síria. Os Estados Unidos lançaram uma campanha de ataques aéreos seletivos contra posições do EI no Iraque no começo do mês, e estudam estendê-la à vizinha Síria, onde a guerra civil ganhou um novo perfil após a incursão no conflito do EI, entre outros.

Este grupo sunita ultrarradical assassinou centenas de pessoas nos dois países, por meios que incluem execuções em massa e decapitações.

Também vendeu 27 mulheres da minoria religiosa yazidi do norte do Iraque, por mil dólares cada, a soldados sírios, após obrigá-las a se converterem ao islã, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O avanço do grupo também aumentou os temores na região. O rei saudita, Abdullah, advertiu que ele "alcançará a Europa em um mês e a América no mês seguinte" se não for contido.

"Peço que transmitam esta mensagem a seus dirigentes: deve-se combater o terrorismo com a força, a razão, e com rapidez", advertiu o monarca aos novos embaixadores na Arábia Saudita.

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