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Iraque enfrenta EI de casa em casa no 7º mês de batalha por Mosul

Guerra entre os militantes do Estado Islâmico e as forças iraquianas está custando caro para as centenas de milhares de civis retidos na cidade

Guerra em Mosul: disparos intensos de armas de fogo e morteiros eram ouvidos nos bairros que ficam diante da Cidade Velha (Andres Martinez Casares/Reuters)

Guerra em Mosul: disparos intensos de armas de fogo e morteiros eram ouvidos nos bairros que ficam diante da Cidade Velha (Andres Martinez Casares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2017 às 11h44.

Mosul / Bagdá - As forças do Iraque ganharam terreno em combates de casa em casa na Cidade Velha de Mosul, disse um porta-voz militar nesta segunda-feira, quando a ofensiva apoiada pelos Estados Unidos para capturar a capital de fato do Estado Islâmico no Iraque entrou em seu sétimo mês.

Um correspondente da Reuters viu uma fumaça espessa emanando da Cidade Velha perto da Grande Mesquita de Al-Nuri, de onde o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou um "califado" em partes do Iraque e da Síria.

Disparos intensos de armas de fogo e morteiros eram ouvidos nos bairros que ficam diante da Cidade Velha na outra margem do rio Tigre, que divide o oeste e o leste de Mosul.

A guerra entre os militantes do Estado Islâmico e as forças iraquianas está custando caro para as centenas de milhares de civis retidos na cidade, e bebês sofrendo de desnutrição aguda estão chegando a hospitais situados em áreas controladas pelo governo.

Forças da Polícia Federal do Iraque "estão envolvidas em combates difíceis de casa em casa com combatentes do Daesh (Estado Islâmico) dentro da Cidade Velha", disse um representante de mídia destas unidades à Reuters.

Drones estão sendo usados com frequência para localizar e direcionar ataques aéreos contra os militantes entrincheirados entre os civis, informou.

Os soldados estão de olho no minarete inclinado da centenária mesquita de Al-Nuri desde o mês passado, já que capturá-la marcaria uma vitória simbólica sobre os insurgentes.

Um porta-voz da polícia disse que as tropas estão se aproximando da mesquita, sem indicar a distância ainda a ser percorrida.

Seu progresso tem sido lento, já que cerca de 400 mil civis, ou um quarto da população pré-guerra de Mosul, estão imobilizados em bairros ainda controlados pelos militantes.

Mais de 300 mil fugiram dos confrontos desde a ofensiva iniciada em 17 de outubro, com grande auxílio aéreo e terrestre da coalizão encabeçada pelos EUA.

Mosul, a maior cidade do norte iraquiano, foi tomada pelos combatentes sunitas ultrarradicais em meados de 2014.

As forças do governo, incluindo o Exército, a polícia e unidade de elite de contraterrorismo, recuperaram sua maior parte, inclusive a metade localizada ao leste do Tigre.

Agora os militantes estão cercados no quadrante noroeste, que inclui a Cidade Velha, onde usam armadilhas explosivas, franco-atiradores e morteiros para repelir seus agressores.

No domingo a polícia relatou um ataque com gás tóxico contra seus agentes que não causou mortes, e também disse que os insurgentes estão recorrendo cada vez mais a ataques de suicidas em motocicletas.

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