Iraque diz controlar fronteira e nega retirada de tropas
Exército iraquiano assegurou que suas forças controlam a fronteira com a Arábia Saudida, em meio a informações sobre retirada de soldados
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2014 às 13h16.
Bagdá - O Exército iraquiano assegurou nesta quinta-feira que suas forças controlam a fronteira com a Arábia Saudita , entre informações sobre uma retirada dos soldados iraquianos e de um desdobramento de tropas sauditas.
Em entrevista coletiva em Bagdá , o porta-voz militar, Qasem Ata, ressaltou que as informações sobre a retirada iraquiana são "falsas" e foram divulgadas por meios de comunicação "hostis".
"A fronteira está totalmente controlada por nossa guarda fronteiriça", afirmou Ata, que acrescentou que é possível que algum soldado tenha abandonado sua posição, mas que isso não significa uma retirada completa.
Em vários meios de comunicação, como a televisão saudita "Al Arabiya", foram publicados vídeos de supostos soldados iraquianos comentando que tinham recebido ordens para se retirar da fronteira de 800 quilômetros que compartilham ambos países.
A "Al Arabiya" também informou que cerca de 30 mil soldados sauditas teriam sido desdobrados no lado saudita da fronteira, um dado que não foi confirmado em nenhum outro meio.
Já com relação ao conflito no resto do Iraque, o porta-voz militar assinalou que na província de Saladino, alvo de uma forte ofensiva militar, o Exército desativou 52 bombas e um carro-bomba nos arredores do quartel do IV regimento militar.
Pelo menos sete extremistas foram abatidos na província ocidental de Al-Anbar e outros sete na de Babel nas últimas horas, segundo Ata.
Enquanto isso em Diyala, ao nordeste de Bagdá, as tropas mataram oito insurgentes e capturaram seis cidade situadas na zona de Sharwin.
O conflito iraquiano adquiriu uma nova dimensão no domingo passado com a proclamação por parte do radical Estado Islâmico de um califado que abrange desde a província síria de Aleppo até a iraquiana de Diyala.
Os jihadistas tomaram o controle hoje de uma vasta zona da província síria de Deir ez Zor, fronteiriça com o Iraque, após a retirada de brigadas rebeldes rivais, algumas das quais se uniram a suas fileiras.