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Iraque ataca reduto do EI após declararem fim de califado

Dezenas de civis fugiram na direção das forças iraquianas, a maioria mulheres e crianças, algumas feridas por disparos dos rebeldes

Queda de Mosul representaria o fim da metade iraquiana do califado, embora o grupo ainda controle territórios a oeste e leste da cidade (Youssef Boudlal/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 10h40.

Mosul - Forças do Iraque apoiadas pelos Estados Unidos atacaram o último reduto do Estado Islâmico na Cidade Velha de Mosul nesta sexta-feira, um dia depois de capturarem a mesquita histórica que simbolizava o poder dos insurgentes e declararem oficialmente o fim do califado autoproclamado pelo grupo radical.

Dezenas de civis fugiram na direção das forças iraquianas, a maioria mulheres e crianças, algumas feridas por disparos dos rebeldes, sedentas e cansadas.

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Comandantes do Serviço Contraterrorismo do Iraque alertaram que, como a maioria dos militantes não iraquianos do Estado Islâmico estão entrincheirados entre os civis e provavelmente irão lutar até a morte, a batalha que se anuncia será desafiadora.

O general Maan al-Saadi disse à Reuters que podem ser necessários de quatro a cinco dias de combates para tomar o reduto dos insurgentes próximo do rio Tigre, defendido por cerca de 200 militantes.

"O avanço continua rumo ao bairro de Midan", disse. "Controlá-lo significa que chegamos ao rio Tigre".

Os militantes do Estado Islâmico negam os contratempos - sua publicação semanal afirma que o Exército iraquiano foi abalado por grandes baixas.

O grupo, cujo líder declarou um califado sobre partes do Iraque e da Síria quase três anos atrás, ainda ocupa uma área do tamanho da Bélgica através dos dois países, de acordo com uma estimativa.

A queda de Mosul representaria o fim da metade iraquiana do califado, embora o grupo ainda controle territórios a oeste e leste da cidade onde governa centenas de milhares de pessoas.

O bastião sírio do Estado Islâmico, Raqqa, também está sob cerco. As forças auxiliadas pelos EUA cercaram a cidade depois de fecharem a última saída dos militantes pelo sul, informou o grupo de monitoramento Observatório Sírio dos Direitos Humanos na quinta-feira.

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