O vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Rahimi (Enrique De La Osa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2012 às 10h34.
Dubai - O governo do Irã disse que irá "rastrear" os responsáveis por fazer um vídeo amador que satiriza o profeta Maomé, afirmou uma autoridade do alto escalão do governo, segundo noticiou a mídia iraniana na segunda-feira.
O vídeo feito na Califórnia e colocado no YouTube retrata o profeta Maomé como um mulherengo e um tolo e provocou uma semana de protestos violentos por todo o mundo muçulmano.
"O governo da República Islâmica do Irã condena... esta ação inapropriada e ofensiva", disse o primeiro vice-presidente, Mohammad Reza Rahimi, de acordo com a agência de notícias Mehr.
"Certamente nós iremos procurar, localizar e perseguir a pessoa culpada que... insultou 1,5 bilhão de muçulmanos pelo mundo." Autoridades iranianas exigiram que os Estados Unidos peçam desculpas aos muçulmanos pelo filme, afirmando que este é apenas a mais recente de uma série de ofensas do Ocidente direcionadas a figuras sagradas do islamismo.
Rahimi não detalhou como o Irã irá perseguir os produtores do filme em seus comentários, os quais foram feitos durante uma reunião de gabinete no domingo, de acordo com a Agência de Noticias de Estudantes Iranianos (Isna).
O embaixador dos EUA para a Líbia, Christopher Stevens, e três outros norte-americanos foram mortos em Benghazi, na Líbia, na noite de terça-feira e várias outras pessoas morreram em protestos em outros países contra o vídeo intitulado "Innocence of Muslims" (A Inocência dos Muçulmanos).
A identidade daqueles diretamente responsáveis pelo filme ainda é incerta. Trechos colocados na Internet desde julho têm sido atribuídos a um homem chamado Sam Bacile, que duas pessoas ligadas ao filme afirmaram ser provavelmente um pseudônimo.
Nakoula Basseley Nakoula, 55 anos, um cristão copta amplamente ligado ao filme em informações da mídia, foi questionado voluntariamente no sábado por autoridades norte-americanas que estão investigando possíveis violações de sua liberdade condicional, por uma condenação por fraude bancária.