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Irã revela nova fábrica subterrânea de mísseis balísticos

Segundo uma autoridade do país, a fábrica, até agora desconhecida, "foi inaugurada nos últimos anos"

Irã: segundo a autoridade, EUA e Israel temem a produção porque "querem que a nação iraniana esteja em uma posição de fraqueza" (STR/Reuters)

Irã: segundo a autoridade, EUA e Israel temem a produção porque "querem que a nação iraniana esteja em uma posição de fraqueza" (STR/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de maio de 2017 às 14h57.

Última atualização em 30 de maio de 2017 às 11h37.

Teerã - O Corpo dos Guardiões da Revolução do Irã revelou nesta quinta-feira que construiu uma terceira instalação subterrânea para fabricar mísseis balísticos, apesar da pressão dos Estados Unidos para conter a produção militar iraniana.

O comandante da divisão aeroespacial dos Guardiões da Revolução, Amir Ali Hajizadeh, assegurou durante uma cerimônia na cidade de Dezfoul que esta fábrica, até agora desconhecida, "foi inaugurada nos últimos anos".

Hajizadeh, citado pelos meios de comunicação oficiais iranianos, disse que o "poder efetivo" da indústria de mísseis do Irã levou os "inimigos do país" a se oporem ao conhecimento técnico de Teerã.

Nesse sentido, Hajizadeh destacou que "todo o material básico" para a fabricação de mísseis foi desenvolvido e elaborado localmente e "por especialistas iranianos".

"É natural que os EUA e Israel estejam preocupados e nervosos pela nossa produção e testes de mísseis (...), porque eles sempre querem que a nação iraniana esteja em uma posição de fraqueza", denunciou o comandante.

A primeira fábrica subterrânea de mísseis foi revelada em outubro de 2015 e, em janeiro de 2016, a televisão estatal iraniana mostrou imagens exclusivas de um túnel repleto de mísseis balísticos.

Há uma semana, o governo dos EUA anunciou um novo pacote de sanções contra dois integrantes do alto escalão de Defesa do Irã e uma empresa radicada na China por seus vínculos no programa de mísseis de Teerã.

Em represália, as autoridades iranianas impuseram sanções contra nove entidades e indivíduos dos EUA, como também fizeram em janeiro após uma medida similar de Washington.

Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca a tensão disparou entre Teerã e Washington, e se agravou após o teste de um míssil balístico por parte do regime iraniano em janeiro.

Teerã insiste que tem o direito de fortalecer sua capacidade militar, e que esta tem somente um objetivo defensivo, um ponto que foi reafirmado nesta semana pelo presidente Hassan Rohani, que foi reeleito para um segundo mandato.

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