Irã proíbe público misto durante projeção da Copa
Polícia iraniana proibiu que as partidas da Copa do Mundo, que serão transmitidas em vários cinemas, sejam projetadas para públicos mistos
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 10h20.
Teerã - A polícia iraniana proibiu nesta terça-feira que as partidas da Copa do Mundo do Brasil , que serão transmitidas em vários cinemas , sejam projetadas para públicos mistos de homens e mulheres, informou a agência local de notícias "Isna".
"A transmissão de jogos de futebol da Copa nos cinemas de forma mista está proibida. Os cinemas poderão destinar salas separadas para mulheres e homens, mas a projeção para um público misto está proibida", declarou nesta terça-feira o subcomandante da Polícia Iraniana, Ahmad Reza Radan.
Reza Saidipur, diretor do cinema "Azady", um dos principais de Teerã, declarou em 23 de abril que sua sala "não transmitirá futebol se a família e as mulheres não tiverem possibilidade de estar presentes".
No Irã, as mulheres têm vetado o acesso aos campos de futebol, mas aos cinemas podem comparecer tanto homens como mulheres e se sentarem juntos nas salas.
Antes da proibição ficar conhecida, Saidipur tinha anunciado que pelo menos três cinemas, sua sala e as de "Melat" e "Zendeguí", todas elas na capital, tinham previsto transmitir as partidas da Copa do Brasil, na qual o time nacional iraniano participará após oito anos.
Nas últimas reuniões futebolísticas internacionais, como a Eurocopa de 2012, indicou Saidipur, também foi impedida a presença de público misto nas salas de cinema de público e estas se limitaram a exibir as partidas para homens.
"Já então avisamos que o futebol nos cinemas não deve ser transmitido só para homens, porque os cinemas são um ambiente de família e se aceitarmos que só venham os solteiros ou homens sós, se repetirá nas salas o que já acontece nos estádios", lamentou Saidipur, que precisou que "a presença de uma só mulher entre os homens faz com que a moralidade seja mais respeitada".
- 9 de 987 que concorreram nas eleições de 2012 conseguiram se eleger
- 27,2 milhões de egípcias foram vítimas de mutilação genital
- 99,3% já sofreu assédio sexual
- 37% são analfabetas
- 72,4% das mulheres nas áres rurais e 64,1% das mulheres nas áreas urbanas precisam pedir permissão aos seus maridos para irem a uma clínica de saúde
- Iraquianas precisam de autorização de um homem para obter passaporte
- Apenas 14,5% das iraquianas adultas têm um emprego
- Apenas 16% das mulheres trabalham
- Mais de 4 mil casos de estupro e mutilação genital contra mulheres foram relatados ao Syrian Network for Human Rights
- Mais de um milhão de mulheres sírias estão refugiadas
- 210 mães morrem a cada 100 mil nascimentos
- 98,9% das mulheres já sofreram com assédio sexual na rua
- 53% das meninas completam os estudos, enquanto a taxa entre os meninos é de 73%
- A idade mínima para meninas casarem é de 10 anos
- 730 mulheres morrem para cada 100 mil nascimentos
- Por lei, mulheres podem ser presas por usarem vestido
- Apenas em 2004 uma mulher conseguiu uma posição ministerial na política
- Mulheres que fazem abortos ilegais (quando não correm risco de morte) podem ser presas por até sete anos
- Uma lei permite que um estuprador evite a prisão caso ele se case com a vítima
- Em Gaza, 51% das mulheres casadas já sofreram abuso doméstico
- Apenas 17% das mulheres têm um emprego
- O direito ao voto veio apenas em 1996
- Em 2012, 1700 mulheres foram estupradas em campos de refugiados
- 1200 mulheres morrem a cada 100 mil nascimentos
- Apenas 39% têm um emprego. Na região controlada pelo grupo radical islâmico Al Shabaab, elas são proibidas de trabalharem
- Mulheres só ganharam o direito ao voto em 2002
- 30% já sofreu algum tipo de abuso doméstico
- Apenas 40% trabalham
- Mulheres são condenadas por se separarem de seus maridos
- 56% das mulheres entre 15 e 49 anos são analfabetas
- Nos três primeiros meses de 2008, 17 mil casos de abusos contra mulheres foram denunciados. Em 78,8% deles, o acusado era o próprio marido
- 550 casos de abusos domésticos foram relatados em 2012
- Elas precisam de permissão de seus maridos para dirigir
- 51,8% das mulheres trabalham
- Não há leis sobre abuso doméstico ou estupro cometido pelo próprio marido
- Em 2005, elas ganharam o direito ao voto
- Elas têm direito a dez semanas de licença quando têm filhos
- 20% dos ministérios são femininos, assim como 3% do parlamento
- 50% já sofreu abuso sexual
- 35% está no mercado de trabalho