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Irã pedirá novo acordo devido a prejuízos econômicos de sanções, diz Trump

Os EUA se desligaram em maio de um acordo multinacional que suspendeu sanções contra o Irã em troca de limites ao programa nuclear de Teerã

Donald Trump: governo do líder norte-americano pediu aos aliados do país para que ajudem a fazer pressão econômica no Irã (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: governo do líder norte-americano pediu aos aliados do país para que ajudem a fazer pressão econômica no Irã (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de julho de 2018 às 16h17.

Bruxelas - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que os problemas econômicos do Irã forçarão o país a buscar um novo acordo de segurança com Washington após o rompimento de um pacto sobre o programa nuclear iraniano por parte dos EUA.

Os EUA se desligaram em maio de um acordo multinacional que suspendeu sanções contra o Irã em troca de limites ao programa nuclear de Teerã. Desde então, Washington instruiu outros países a interromperem todas as importações de petróleo iraniano até 4 de novembro para não enfrentarem retaliações financeiras dos EUA.

A pressão dos EUA pode privar Teerã de rendimentos em moeda estrangeira vindos da exportação do petróleo, e a perspectiva desencadeou uma corrida para converter riais iranianos aplicados em poupança por dólares, afetando a moeda nacional já fragilizada pelas adversidades econômicas e as dificuldades financeiras dos bancos locais.

Falando em uma coletiva de imprensa em uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, Trump disse que o Irã está tratando os EUA "com muito mais respeito" depois da medida e que acredita que Teerã fará contato em busca de um novo acordo.

"Sei que eles estão tendo muitos problemas e que sua economia está desmoronando. Mas vou dizer a vocês: a certa altura eles me ligarão e dirão 'vamos fazer um acordo'. Eles estão sofrendo muito neste momento".

No final de junho o Grande Bazar de Teerã foi alvo de greves e manifestantes revoltados com o colapso do rial entraram em choque com a polícia, enquanto comerciantes se reuniram diante do Parlamento para se queixarem da queda brusca no valor da moeda.

As potências europeias ainda apoiam o acordo de 2015 e dizem que farão mais para incentivar suas empresas a continuarem trabalhando com o Irã, mas várias delas já avisaram que pretendem se retirar do país, já que também enfrentam sanções após a decisão de Trump.

Nesta quinta-feira o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu aos aliados dos EUA para que ajudem a fazer pressão econômica no Irã.

"Precisamos cortar todo o financiamento que o regime usa para financiar o terrorismo e guerras por procuração", disse Pompeo em um tuíte antes de uma reunião agendada com a representante de política externa e segurança da União Europeia, Federica Mogherini, em Bruxelas.

Ele também acusou Teerã de continuar a vender armas no Oriente Médio, apesar de resoluções contrárias da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

 

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