Bandeiras do Irã: Irã suspendeu o enriquecimento de urânio para uma concentração físsil de 20 por cento --nível apenas a um pequeno passo técnico do exigido para bombas atômicas (Morteza Nikoubazl/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2014 às 13h30.
Viena - O Irã está reduzindo o estoque nuclear que oferece mais risco de proliferação, como solicitado no acordo histórico com as potências mundiais, mas ainda há muito trabalho a ser feito para resolver todas as preocupações com as atividades de Teerã, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um braço da ONU, nesta segunda-feira.
Entre as medidas que o Irã está adotando desde que o acordo temporário entrou em vigência, no dia 20 de janeiro, está a diluição de seu estoque de urânio altamente enriquecido até uma concentração físsil menos indicada a qualquer tentativa de suprir uma bomba atômica.
Yukiya Amano, diretor-general da AIEA, sinalizou que o Irã fez progresso suficiente neste quesito para receber uma parcela já combinada de 450 milhões de dólares em 1º de março de um total de 4,2 bilhões de dólares em fundos anteriormente congelados no exterior.
A AIEA tem um papel central para averiguar se o Irã está cumprindo sua parte do acordo de seis meses e refreando seu polêmico programa nuclear em troca de algum alívio nas sanções que prejudicaram sua economia, dependente do petróleo.
Pelos termos do acordo, o Irã suspendeu o enriquecimento de urânio para uma concentração físsil de 20 por cento --nível apenas a um pequeno passo técnico do exigido para bombas atômicas-- e está agindo para neutralizar sua posse do material.
Em troca, o Irã vem tendo acesso gradual aos 4,2 bilhões de dólares de receitas de petróleo congeladas e o alívio de algumas outra sanções.