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Irã diz que acordo nuclear é questão de "coração"

Em discurso, presidente do Irã tentou sinalizar que sua administração continua aberta ao diálogo com países que lideram negociações nucleares

Hassan Rouhani: "nossa causa não é ligada a uma centrífuga. É relacionada ao nosso coração e à nossa vontade", disse o presidente do Irã (Adrees Latif/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2015 às 16h29.

Teerã - O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse neste domingo que as negociações nucleares em curso com as potências mundiais são uma questão de "coração", antes das reuniões na próxima semana em Genebra.

Em discurso durante uma conferência econômica em Teerã, Rouhani rebateu críticos linha dura preocupados que o Irã vá ceder muito, mas, ao mesmo tempo, tentou sinalizar que sua administração continua aberta ao diálogo com o grupo de seis países que lidera as negociações.

Se "estamos prontos para parar alguns tipos de enriquecimento (de urânio), que nós não precisamos neste momento, isso significa que comprometemos nossos princípios e causas?", questionou Rouhani. Em seguida, ele respondeu que "nossa causa não é ligada a uma centrífuga. É relacionada ao nosso coração e à nossa vontade".

Em 15 de janeiro, os negociadores iranianos vão se reunir em Genebra com representantes dos Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha, na esperança de determinar detalhes para um acordo final. Negociadores concordaram em estender as conversas que deveriam ter se encerrado em novembro de 2014 até 30 de junho de 2015, com esperança de chegar a um acordo ainda em março.

O Ocidente teme que o programa nuclear iraniano permita que o país construa armas nucleares. O Irã diz que seu programa tem fins estritamente pacíficos, como a geração de energia e pesquisa médica.

O principal entrave é sobre o enriquecimento de urânio, que pode criar reatores de combustíveis e o núcleo físsil de armas nucleares. Na tentativa de reduzir a capacidade iraniana de fabricação de bombas, os Estados Unidos propuseram que Teerã exporte grande parte de seu estoque de urânio enriquecido. O Irã nega há muito tempo a proposta. Duas outras questões pendentes são uma instalação de enriquecimento subterrânea e o reator nuclear praticamente construído Arak.

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Se "estamos prontos para parar alguns tipos de enriquecimento (de urânio), que nós não precisamos neste momento, isso significa que comprometemos nossos princípios e causas?", questionou Rouhani. Em seguida, ele respondeu que "nossa causa não é ligada a uma centrífuga. É relacionada ao nosso coração e à nossa vontade".

Em 15 de janeiro, os negociadores iranianos vão se reunir em Genebra com representantes dos Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha, na esperança de determinar detalhes para um acordo final. Negociadores concordaram em estender as conversas que deveriam ter se encerrado em novembro de 2014 até 30 de junho de 2015, com esperança de chegar a um acordo ainda em março.

O Ocidente teme que o programa nuclear iraniano permita que o país construa armas nucleares. O Irã diz que seu programa tem fins estritamente pacíficos, como a geração de energia e pesquisa médica.

O principal entrave é sobre o enriquecimento de urânio, que pode criar reatores de combustíveis e o núcleo físsil de armas nucleares. Na tentativa de reduzir a capacidade iraniana de fabricação de bombas, os Estados Unidos propuseram que Teerã exporte grande parte de seu estoque de urânio enriquecido. O Irã nega há muito tempo a proposta. Duas outras questões pendentes são uma instalação de enriquecimento subterrânea e o reator nuclear praticamente construído Arak.

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