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Irã diz buscar "solução prática" para inspeções nucleares

Nova proposta do Irã para os inspetores nucleares da ONU tem caráter prático e se destina a "resolver a questão", disse um diplomata iraniano

Sede e logo da AIEA: anúncio relativamente otimista pode elevar ainda mais as esperanças de uma solução negociada para o impasse (Joe Klamar/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 10h29.

Viena - A nova proposta do Irã para os inspetores nucleares da ONU tem caráter prático e se destina a "resolver a questão", disse um diplomata iraniano, sinalizando que Teerã pode cooperar mais com a investigação sobre supostas pesquisas do país para o desenvolvimento de armas atômicas.

Reza Najafi, novo embaixador iraniano junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fez a declaração na noite de segunda-feira a uma agência de notícias do seu país, após uma reunião da delegação iraniana com especialistas graduados da agência nuclear da ONU, em Viena.

De acordo com a AIEA, a agência e o Irã mantiveram conversações produtivas esta semana sobre como avançar nas negociações nucleares, e concordaram se reunir novamente em Teerã, em 11 de novembro.

O anúncio relativamente otimista pode elevar ainda mais as esperanças de uma solução negociada para o impasse, após as eleições de junho do presidente moderado Hassan Rouhani, que tem buscado reduzir a tensão com o Ocidente.

A AIEA e o Irã "tiveram um encontro muito produtivo sobre as questões do passado e do presente", disse a jornalistas Tero Varjoranta, vice-diretor-geral da agência, ao final da reunião de dois dias em Viena.

Desde o começo de 2012 a AIEA pleiteia sem sucesso que seus inspetores tenham acesso a locais, documentos e autoridades relevantes. Mas só em junho, com a eleição do moderado Hassan Rouhani como presidente do Irã, as negociações começaram a avançar.


Os EUA e aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, o que Teerã nega, insistindo no caráter pacífico do seu programa atômico. Paralelamente às discussões com a AIEA, o Irã está negociando com seis potências mundiais uma redução das suas atividades nucleares, especialmente o enriquecimento de urânio, em troca de um alívio às sanções internacionais contra o país.

Também presente em Viena na segunda-feira, o vice-chanceler iraniano Abbas Araqchi, principal negociador nuclear do país, disse que havia apresentado propostas ao diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, para tornar as inspeções mais transparentes. Sem entrar em detalhes, ele prometeu uma "nova abordagem" nas relações com a agência.

"Nossa proposta é prática e destinada a resolver a questão entre o Irã e a agência", disse Najafi à agência de notícias Isna, acrescentando que o Irã e a AIEA haviam "entrado em discussões substanciais nestas negociações". Segundo ele, "a abordagem do passado não pode ser implementada, e mudanças precisam ocorrer".

Uma das principais concessões esperadas pelos inspetores internacionais é a autorização para que eles tenham acesso à base militar de Parchin, a sudeste de Teerã, onde há suspeitas de que tenham ocorrido atividades relacionadas ao desenvolvimento de armas atômicas.

As discussões em Viena recomeçaram às 10h (7h em Brasília), e devem terminar por volta da hora do almoço, segundo funcionários de ambas as partes.

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Viena - A nova proposta do Irã para os inspetores nucleares da ONU tem caráter prático e se destina a "resolver a questão", disse um diplomata iraniano, sinalizando que Teerã pode cooperar mais com a investigação sobre supostas pesquisas do país para o desenvolvimento de armas atômicas.

Reza Najafi, novo embaixador iraniano junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fez a declaração na noite de segunda-feira a uma agência de notícias do seu país, após uma reunião da delegação iraniana com especialistas graduados da agência nuclear da ONU, em Viena.

De acordo com a AIEA, a agência e o Irã mantiveram conversações produtivas esta semana sobre como avançar nas negociações nucleares, e concordaram se reunir novamente em Teerã, em 11 de novembro.

O anúncio relativamente otimista pode elevar ainda mais as esperanças de uma solução negociada para o impasse, após as eleições de junho do presidente moderado Hassan Rouhani, que tem buscado reduzir a tensão com o Ocidente.

A AIEA e o Irã "tiveram um encontro muito produtivo sobre as questões do passado e do presente", disse a jornalistas Tero Varjoranta, vice-diretor-geral da agência, ao final da reunião de dois dias em Viena.

Desde o começo de 2012 a AIEA pleiteia sem sucesso que seus inspetores tenham acesso a locais, documentos e autoridades relevantes. Mas só em junho, com a eleição do moderado Hassan Rouhani como presidente do Irã, as negociações começaram a avançar.


Os EUA e aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, o que Teerã nega, insistindo no caráter pacífico do seu programa atômico. Paralelamente às discussões com a AIEA, o Irã está negociando com seis potências mundiais uma redução das suas atividades nucleares, especialmente o enriquecimento de urânio, em troca de um alívio às sanções internacionais contra o país.

Também presente em Viena na segunda-feira, o vice-chanceler iraniano Abbas Araqchi, principal negociador nuclear do país, disse que havia apresentado propostas ao diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, para tornar as inspeções mais transparentes. Sem entrar em detalhes, ele prometeu uma "nova abordagem" nas relações com a agência.

"Nossa proposta é prática e destinada a resolver a questão entre o Irã e a agência", disse Najafi à agência de notícias Isna, acrescentando que o Irã e a AIEA haviam "entrado em discussões substanciais nestas negociações". Segundo ele, "a abordagem do passado não pode ser implementada, e mudanças precisam ocorrer".

Uma das principais concessões esperadas pelos inspetores internacionais é a autorização para que eles tenham acesso à base militar de Parchin, a sudeste de Teerã, onde há suspeitas de que tenham ocorrido atividades relacionadas ao desenvolvimento de armas atômicas.

As discussões em Viena recomeçaram às 10h (7h em Brasília), e devem terminar por volta da hora do almoço, segundo funcionários de ambas as partes.

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