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Irã desafia sanções realizando novos testes de mísseis

Os Estados Unidos anunciaram em 17 de janeiro novas sanções vinculadas ao programa de mísseis balísticos do Irã

Mísseis: o anúncio acontece logo depois do levantamento da maioria das sanções internacionais contra a república islâmica (Reuters / farsnews.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 10h02.

O Irã realizou nesta terça-feira testes de mísseis balísticos em diferentes pontos de seu território com caráter dissuasivo, em aberto desafio às sanções impostas pelos Estados Unidos em janeiro por causa de seu programa de mísseis.

O anúncio foi feito pela agência de notícias oficial IRNA, que descreve que os testes aconteceram com o disparo de mísseis de silos subterrâneos situados em diferentes partes do país.

Segundo a Irna, esses testes, realizados durante manobras militares, "demonstram que o país está totalmente preparado para fazer frente a ameaças contra a revolução, o regime e a integridade territorial do país".

O site oficial da Guarda Revolucionária, a elite militar do país, que conduziu os testes, confirmou sua realização, sem especificar o alcance dos mísseis.

Os Estados Unidos anunciaram em 17 de janeiro novas sanções vinculadas ao programa de mísseis balísticos do Irã.

O anúncio acontece logo depois do levantamento da maioria das sanções internacionais contra a república islâmica, conforme o acordo alcançado em julho de 2015 entre Teerã e as grandes potências - entre as quais, os Estados Unidos -, sobre o programa nuclear iraniano.

No entanto, segundo o acordo assinado em 14 de julho, em Viena, entre Teerã e o grupo 5+1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia, mais a Alemanha) as sanções poderiam ser aplicadas caso o Irã violasse os tratados.

A chancelaria iraniana denunciou estas novas sanções, que considera "injustificadas, já que o programa balístico do Irã não é concebido para transportar ogivas nucleares".

No início de janeiro, a televisão iraniana mostrou imagens de uma base subterrânea que abriga mísseis de 1.700 km de alcance.

O Irã realizou ao menos um teste bem sucedido deste tipo de míssil em outubro.

Segundo especialistas da ONU, isto constituiria uma violação de uma resolução de 2010, que proibia a utilização pelo Irã de mísseis balísticos por medo de que possuíssem uma ogiva nuclear.

- Atividades desestabilizadoras -

Teerã sempre negou que tenha a intenção de desenvolver uma arma atômica, e assegura que seus mísseis não forma desenhados como bombas ou para transportá-las.

O acordo nuclear entre as grandes potências e o Irã foi impulsionado por figuras moderadas da República Islâmica, em particular o presidente Hassan Rohani.

No entanto, os partidários da linha dura em Teerã afirmam que o acordo afeta os interesses nacionais.

O presidente Barack Obama, ao anunciar as novas sanções contra o programa de mísseis iraniano em 17 de janeiro - mesmo dia em que o acordo nuclear era implementado - disse que persistiam profundas diferenças com Teerã a respeito de suas "atividades desestabilizadoras".

Cinco cidadãos iranianos e uma rede de companhias baseadas nos Emirados Árabes e na China foram acrescentados à "lista negra" dos Estados Unidos, segundo o departamento do Tesouro.

O próprio Rohani afirmou, antes que as sanções fossem anunciadas em 17 de janeiro, que novas medidas contra Teerã gerariam "uma reação" da República islâmica.

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O Irã realizou nesta terça-feira testes de mísseis balísticos em diferentes pontos de seu território com caráter dissuasivo, em aberto desafio às sanções impostas pelos Estados Unidos em janeiro por causa de seu programa de mísseis.

O anúncio foi feito pela agência de notícias oficial IRNA, que descreve que os testes aconteceram com o disparo de mísseis de silos subterrâneos situados em diferentes partes do país.

Segundo a Irna, esses testes, realizados durante manobras militares, "demonstram que o país está totalmente preparado para fazer frente a ameaças contra a revolução, o regime e a integridade territorial do país".

O site oficial da Guarda Revolucionária, a elite militar do país, que conduziu os testes, confirmou sua realização, sem especificar o alcance dos mísseis.

Os Estados Unidos anunciaram em 17 de janeiro novas sanções vinculadas ao programa de mísseis balísticos do Irã.

O anúncio acontece logo depois do levantamento da maioria das sanções internacionais contra a república islâmica, conforme o acordo alcançado em julho de 2015 entre Teerã e as grandes potências - entre as quais, os Estados Unidos -, sobre o programa nuclear iraniano.

No entanto, segundo o acordo assinado em 14 de julho, em Viena, entre Teerã e o grupo 5+1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia, mais a Alemanha) as sanções poderiam ser aplicadas caso o Irã violasse os tratados.

A chancelaria iraniana denunciou estas novas sanções, que considera "injustificadas, já que o programa balístico do Irã não é concebido para transportar ogivas nucleares".

No início de janeiro, a televisão iraniana mostrou imagens de uma base subterrânea que abriga mísseis de 1.700 km de alcance.

O Irã realizou ao menos um teste bem sucedido deste tipo de míssil em outubro.

Segundo especialistas da ONU, isto constituiria uma violação de uma resolução de 2010, que proibia a utilização pelo Irã de mísseis balísticos por medo de que possuíssem uma ogiva nuclear.

- Atividades desestabilizadoras -

Teerã sempre negou que tenha a intenção de desenvolver uma arma atômica, e assegura que seus mísseis não forma desenhados como bombas ou para transportá-las.

O acordo nuclear entre as grandes potências e o Irã foi impulsionado por figuras moderadas da República Islâmica, em particular o presidente Hassan Rohani.

No entanto, os partidários da linha dura em Teerã afirmam que o acordo afeta os interesses nacionais.

O presidente Barack Obama, ao anunciar as novas sanções contra o programa de mísseis iraniano em 17 de janeiro - mesmo dia em que o acordo nuclear era implementado - disse que persistiam profundas diferenças com Teerã a respeito de suas "atividades desestabilizadoras".

Cinco cidadãos iranianos e uma rede de companhias baseadas nos Emirados Árabes e na China foram acrescentados à "lista negra" dos Estados Unidos, segundo o departamento do Tesouro.

O próprio Rohani afirmou, antes que as sanções fossem anunciadas em 17 de janeiro, que novas medidas contra Teerã gerariam "uma reação" da República islâmica.

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