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Irã considera inaceitável proposta de acordo nuclear

Chanceler deu estas declarações em Montreux, onde chefia a delegação que negocia com grandes potências a última linha para um acordo sobre o programa nuclear

Zarif: "está claro que a postura de Obama está destinada a conquistar a opinião pública e contrabalançar a propaganda de Netanyahu e de outros opositores extremistas (Evan Vucci/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 14h37.

Teerã - O chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, considerou nesta terça-feira "inaceitáveis" as declarações do presidente americano, Barack Obama , que vinculou o acordo nuclear ao congelamento do programa iraniano por, pelo menos, dez anos.

"Está claro que a postura de Obama está destinada a conquistar a opinião pública e contrabalançar a propaganda do primeiro-ministro (israelense, Benjamin Netanyahu) e de outros opositores extremistas, usando termos e fórmulas inaceitáveis e ameaçadoras", afirmou Zarif, citado pela agência oficial Irna.

O ministro iraniano deu estas declarações em Montreux (Suíça), onde chefia a delegação que negocia com as grandes potências a última linha para um acordo definitivo sobre o programa nuclear da República Islâmica.

Zarif e o secretário de Estado americano, John Kerry, iniciaram uma nova rodada de negociações nesta segunda-feira e devem continuar discutindo até a tarde de quarta-feira, paralelamente aos trabalhos dos negociadores e especialistas das duas partes, que continuarão com o seu trabalho até o fim de semana.

O Irã e o grupo 5+1 (Rússia, China, França, Alemanha, Estados Unidos e Alemanha) tentam selar um pacto histórico que garanta a natureza pacífica do programa nuclear iraniano; segundo o Ocidente, Teerã esconde suas intenções de desenvolver armamento atômico.

Zarif lembrou que o Irã "não cederá diante das demandas excessivas ou de posições ilógicas da outra parte".

Obama reafirmou nesta segunda-feira a posição americana, segundo a qual o objetivo era alcançar um acordo com uma duração de pelo menos dez anos.

"Se o Irã estiver disposto a aceitar uma duração de duas cifras para conservar seu programa onde está hoje e, de fato, retirar elementos que existem atualmente (...) Se tivermos isso e pudermos verificá-lo, nada nos daria mais segurança de que não possuem armamento nuclear", disse Obama em entrevista à agência de notícias Reuters.

Benjamin Netanyahu discursará nesta terça-feira no Congresso americano, controlado pelos republicanos, onde reiterará sua oposição à atual tentativa de acordo sobre o programa nuclear iraniano.

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Teerã - O chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, considerou nesta terça-feira "inaceitáveis" as declarações do presidente americano, Barack Obama , que vinculou o acordo nuclear ao congelamento do programa iraniano por, pelo menos, dez anos.

"Está claro que a postura de Obama está destinada a conquistar a opinião pública e contrabalançar a propaganda do primeiro-ministro (israelense, Benjamin Netanyahu) e de outros opositores extremistas, usando termos e fórmulas inaceitáveis e ameaçadoras", afirmou Zarif, citado pela agência oficial Irna.

O ministro iraniano deu estas declarações em Montreux (Suíça), onde chefia a delegação que negocia com as grandes potências a última linha para um acordo definitivo sobre o programa nuclear da República Islâmica.

Zarif e o secretário de Estado americano, John Kerry, iniciaram uma nova rodada de negociações nesta segunda-feira e devem continuar discutindo até a tarde de quarta-feira, paralelamente aos trabalhos dos negociadores e especialistas das duas partes, que continuarão com o seu trabalho até o fim de semana.

O Irã e o grupo 5+1 (Rússia, China, França, Alemanha, Estados Unidos e Alemanha) tentam selar um pacto histórico que garanta a natureza pacífica do programa nuclear iraniano; segundo o Ocidente, Teerã esconde suas intenções de desenvolver armamento atômico.

Zarif lembrou que o Irã "não cederá diante das demandas excessivas ou de posições ilógicas da outra parte".

Obama reafirmou nesta segunda-feira a posição americana, segundo a qual o objetivo era alcançar um acordo com uma duração de pelo menos dez anos.

"Se o Irã estiver disposto a aceitar uma duração de duas cifras para conservar seu programa onde está hoje e, de fato, retirar elementos que existem atualmente (...) Se tivermos isso e pudermos verificá-lo, nada nos daria mais segurança de que não possuem armamento nuclear", disse Obama em entrevista à agência de notícias Reuters.

Benjamin Netanyahu discursará nesta terça-feira no Congresso americano, controlado pelos republicanos, onde reiterará sua oposição à atual tentativa de acordo sobre o programa nuclear iraniano.

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