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Irã condena jovens a prisão e chicotadas por gravar vídeo

ONG afirma que jovens iranianos que gravaram vídeo dançando ao ritmo de "Happy" foram condenados a penas de prisão e chicotadas

Jovens iranianos que fizeram um vídeo parodiando "Happy" (Reprodução/Twiiter)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 13h09.

Teerã - Um tribunal iraniano condenou os seis jovens que gravaram um vídeo dançando ao ritmo de "Happy", música de Pharrell Williams, a penas de prisão e chicotadas, segundo informou a Campanha Internacional de Direitos Humanos no Irã, uma ONG com sede nos Estados Unidos.

O site da ONG assegura que os jovens foram julgados esta semana acusados de "participar da produção de um vídeo vulgar" e "manter relações ilícitas" entre eles, e condenados pela corte a seis meses de prisão e 91 chicotadas cada um, exceto uma das participantes, Reyhaneh Taravati, que teria sido condenada a um ano de prisão.

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O grupo foi detido no último mês de maio depois que o vídeo, considerado provocador segundo os padrões morais da República Islâmica, se espalhou pela internet .

Nele, os seis aparecem cantando alegremente a popular canção do cantor americano em terraços e ruas de Teerã e no interior de uma casa.

As meninas não usam o lenço com o qual obrigatoriamente todas as mulheres devem cobrir seu cabelo nem a capa sobre a roupa para ocultar suas formas e tapar suas nádegas, coxas e pernas.

Além disso, dançavam com os homens, uma violação do mais estrito código de comportamento islâmico que as autoridades iranianas tentam fazer respeitar no país, sobretudo na esfera pública.

Um dia após a detenção foram postos em liberdade pagando uma fiança, à espera de julgamento. Na ocasião, a polícia confiscou seus telefones celulares, computadores e outros artigos pessoais.

Além disso, dois dos jovens compareceram na rede de televisão estatal "IRIB" para mostrar seu arrependimento por ter participado da gravação e assegurar que tinham sido enganados.

No programa também apareceu o chefe da polícia iraniana, Hoseyn Sayedinia, que advertiu aos que pretendam fazer vídeos similares que "serão identificados e se atuará contra eles".

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