Usina nuclear de Bushehr, no Irã: a República Islâmica enriquece urânio de 5 a 20% para suas usinas de produção de energia elétrica e com fins médicos. (AFP/ Majid Asgaripour)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2013 às 16h38.
Viena - O Irã acelerou a instalação de centrífugas mais modernas em suas instalações de enriquecimento de urânio, uma atividade que gera constantes desgastes com as grandes potências, informou nesta quarta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Segundo o documento, o Irã instalou cerca de 700 centrífugas IR-2m e materiais para armazenamento de centrífugas vazios na usina de Natanz. Em fevereiro havia apenas 180.
"Até 15 de maio, quatro cascatas (centrífugas em série) foram totalmente equipadas e uma cascata, parcialmente, com centrífugas IR-2m e obras já foram concluídas para 13 outras cascatas (...)", detalha o relatório consultado pela AFP.
Essas novas centrífugas, que servem para o enriquecimento de urânio, ainda não entraram em produção.
As potências ocidentais e Israel suspeitam que o Irã planeje desenvolver armas atômicas sob o pretexto de um programa nuclear civil, algo que Teerã nega.
Com equipamentos mais modernos, eles temem que o Irã consiga produzir urânio com mais facilidade a um nível de pureza necessário para armas atômicas (90%).
A República Islâmica enriquece urânio de 5 a 20% para suas usinas de produção de energia elétrica e com fins médicos.
Em seu relatório trimestral, a agência da ONU ressalta que o número de centrífugas em atividade no campo subterrâneo de Fordo, perto da cidade sagrada de Qom, permanece o mesmo em comparação a fevereiro.
Fordo, enterrado sob uma montanha, preocupa a comunidade internacional porque o Irã decidiu concentrar neste local seu enriquecimento a 20%, o que tecnicamente o aproxima do necessário para a fabricação de armas nucleares.