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Investimento total na hidrelétrica Jirau está em R$17,3 bi

Valor representa uma elevação de 1 bilhão de reais ante a última atualização de orçamento para a usina, realizada em março


	Canteiro da Usina de Jirau: primeira turbina da hidrelétrica entrou em operação em setembro deste ano
 (Fernanda Preto/Veja)

Canteiro da Usina de Jirau: primeira turbina da hidrelétrica entrou em operação em setembro deste ano (Fernanda Preto/Veja)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 12h58.

São Paulo - O investimento total estimado para a usina hidrelétrica Jirau, no rio Madeira, está em 17,3 bilhões de reais, valor atualizado em setembro, informou executiva da GDF Suez, durante teleconferência da Tractebel Energia nesta segunda-feira.

O valor representa uma elevação de 1 bilhão de reais ante a última atualização de orçamento para a usina, realizada em março. A usina que terá 3.750 megawatts (MW) de capacidade instalada quando estiver concluída, tem um total de financiamento de 9,5 bilhões de reais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Nós não prevemos nenhuma renegociação de dívida, até o momento, com o BNDES. Então esse aporte, a priori, será feito com equity", disse a gerente de Relações com o Mercado da GDF Suez Latin America, Ana Amélia Medeiros.

A primeira turbina da hidrelétrica entrou em operação em setembro deste ano. "As principais atividades de obras civis já foram concluídas, temos mais de 90 por cento de avanço físico", disse Ana Amélia.

A GDF Suez deterá 40 por cento de participação na hidrelétrica Jirau, após a conclusão da venda de uma fatia de 20 por cento para a japonesa Mitsui, conforme já anunciado. A estimativa é que a conclusão da operação, que já foi aprovada pelo Conselho Administrativo e de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pendendo apenas do aval do (BNDES) e de bancos repassadores, ocorra ainda no segundo semestre deste ano.

Os outros acionistas na Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela hidrelétrica, são Eletrosul (20 por cento) e Chesf (20 por cento), ambas do grupo Eletrobras.


A GDF Suez, controladora da Tractebel Energia, deverá no futuro passar a sua participação em Jirau para a brasileira, quando os principais riscos de desenvolvimento do projeto forem mitigados, conforme o modelo de negócios da empresa no país.

A GDF informou ainda que a estimativa da entrada em operação comercial da linha de transmissão que interligará a hidrelétrica ao Sudeste é para até "meados a final de novembro", mencionando expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Energia de Jirau

A hidrelétrica Jirau tem cerca de 73 por cento de sua energia já contratada, por 30 anos. O restante da energia ainda não comercializada pertence a cada um dos acionistas existentes na hidrelétrica, proporcionalmente à sua participação do empreendimento.

"Em relação à parcela da GDF Suez, estamos em discussão com a equipe de comercialização da Tractebel para estudar uma melhor estratégia de alocação dessa energia no mercado", disse Ana Amélia.

A GDF Suez permanece com direito a 60 por cento da energia ainda não comercializada de Jirau, alocada ao mercado livre, mesmo após a operação com a Mitsui.

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