Mundo

Investigação liga lobista a governador do Tocantins

Organização criminosa, que cita o nome de Carlos Gaguim, desenvolvia esquema de fraudes a licitações de 11 prefeituras

Carlos Gaguim, governador do Tocantins: nome mencionado por organização criminosa (.)

Carlos Gaguim, governador do Tocantins: nome mencionado por organização criminosa (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminha hoje ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) documentos sobre organização criminosa envolvida em esquema de fraudes a licitações de 11 prefeituras. Trechos da investigação citam o governador do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB).

Oficialmente, Gaguim não é alvo da apuração nem é acusado - governador detém foro privilegiado no STJ -, mas seu nome é mencionado nos autos do Núcleo Campinas do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil, prendeu oito suspeitos.

O alvo principal da força-tarefa é o lobista Maurício Manduca, amigo de Gaguim e sócio de um cunhado do governador, o empresário Duda Rodrigues, em uma boate que será inaugurada no Shopping Capim Dourado, em Palmas (TO). Duda é irmão da primeira-dama Rose Amorim.

Entre 15 e 27 de abril, Manduca integrou comitiva de Gaguim em missão oficial à China e aos Estados Unidos. A promotoria apurou que o lobista e o empresário José Carlos Cepera, suspeito de compor a cúpula da organização criminosa, mantêm negócios com a gestão do peemedebista. Cepera e Manduca estão presos.

Defesa
A Secretaria de Comunicação do Tocantins informou que Gaguim "desconhece as denúncias e não há qualquer possibilidade de seu nome estar envolvido no suposto esquema". "O governador é um gestor que recebe em audiências, costumeiramente, diversos empresários, do País e do mundo, interessados em investir no Tocantins, dadas as potencialidades e a política de incentivos fiscais que o governo oferece aos investidores", diz nota da assessoria.

"Não há negócio ilícito, de qualquer natureza, entre o governo e os citados", prossegue a assessoria. "Por se tratar de um ano eleitoral, o governo do Estado vê nas denúncias a tentativa de seus adversários políticos de denegrir a imagem do governador, principalmente porque ele lidera todas as pesquisas de intenções de voto e tem realizado uma campanha limpa, transparente e em obediência à legislação eleitoral." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais notícias sobre fraudes

Siga as notícias de Eleições 2010 no Twitter

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2010FraudesPolíticaPolítica no BrasilTocantins

Mais de Mundo

Eleição nos EUA: corrida apertada pode ter “goleada” para Trump ou Kamala; entenda

Sede da Netflix na França é alvo de operação contra lavagem de dinheiro e fraude fiscal

Colégios eleitorais começam a abrir nos EUA para disputa entre Trump e Kamala

Texas e Missouri processam governo Biden pelo envio de observadores eleitorais